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A Abertura dos Portos e o Fim do Monopólio

Durante sua breve estada em Salvador, D. João foi muito festejado pela população, que desejava que a Corte fosse lá instalada, saudosa da condição de antiga sede da Colônia. Mais festejado foi ainda quando, em 28 de janeiro, decretou a abertura dos portos ao comércio internacional, ainda que em caráter provisório. Essa medida, tomada pela necessidade da própria Corte portuguesa de assegurar sua sobrevivência, gerou de fato, o fim do monopólio comercial, base das relações entre Metrópole e Colônia.

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Os beneficiados de imediato por essa medida foram os comerciantes dos Estados Unidos, mas com a assinatura dos Tratados de 1810 os interesses ingleses acabaram sendo os mais favorecidos. Para o brasileiro Hipólito José da Costa, editor do jornal Correio Brasiliense, editado em Londres, entre 1808 e 1822, eram exagerados os festejos da população em torno desse ato, uma vez que o Governo português só o adotou face a sua extrema importância para ele, e não porque pretendesse beneficiá-la.

Antes de embarcar para o Rio de Janeiro, D. João criou na Bahia, a conselho do cirurgião - mor da Corte, o pernambucano José Correia Picanço, mais tarde Barão de Goiana, a Escola de Cirurgia, futura faculdade médica. Desembarcando no Rio no dia 7 de março, D. João pôs logo em prática sua política administrativa, aconselhado por D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Conde de Linhares e recém - nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra.

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