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O Tráfico Negreiro

Entre os anos de 1806 e 1807, a Inglaterra acabou com o tráfico negreiro em todo o seu Império e mais tarde, em 1833, proibiu o próprio trabalho escravo. A partir de 1808, a luta pela extinção do tráfico tornou-se uma marca de sua política externa.

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Em 1810, nos primeiros tratados comerciais assinados com a Inglaterra, D. João já se comprometera a abolir o tráfico de escravos africanos.

A pressão inglesa prosseguiria quando da realização do Congresso de Viena, em 1815. Congressistas ingleses, liderados pelo primeiro-ministro Castlereagh, conseguiram estabelecer que o tráfico seria interrompido ao norte da linha do Equador. Desta forma, os comerciantes portugueses perdiam áreas importantes fornecedoras de mão-de-obra escrava, como por exemplo a Costa do Marfim. Após consolidada a emancipação política, o Governo inglês aumentaria mais ainda o nível de exigências.

Dois anos depois, D. João VI ratificou a decisão do Congresso de Viena e, em novo acordo, concedeu à Marinha britânica o direito de visita e busca, em alto mar, nos navios suspeitos de tráfico, ou seja, em áreas não portuguesas. Esse acordo determinava que o navio surpreendido em atividade ilegal jogasse os escravos no mar.

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Em 1822, quando da proclamação da Independência, o tráfico de escravos africanos era bastante intenso, apesar das medidas tomadas nos tratados de 1810 e 1817. Na realidade, a importação de escravos aumentara no Brasil depois de 1815.

    A Guerra da Independência e o Reconhecimento no Exterior. A Questão do Tráfico Negreiro