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ANDAR NO G20
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Jornada de Planejamento, Formação Pedagógica e Centro de Estudos 2024
Nos dias 1º e 2 de fevereiro, acontece Jornada de Planejamento, Formação Pedagógica e Centro de Estudos 2024 em todas as unidades escolares da Rede Municipal de Ensino do Rio.
Material Rioeduca 2024
Acesse os conteúdos do Material Rioeduca.   
E Agora? - Um Rolé Digital
O projeto E Agora? Um Rolé Digital reúne narrativas digitais interativas que tratam de temas relacionados à proteção de dados pessoais, privacidade, cyberbullying, fraude digital e golpes.  A iniciativa é uma parceria da Secretaria Municipal de Integridade, Transparência e Proteção de Dados (SMIT) com a Secretaria Municipal de Educação (SME) e a MultiRio.
Cartografias de Boas Práticas da Rede
Em um mapa digital interativo da cidade do Rio, a plataforma Cartografias de Boas Práticas da Rede destaca experiências exitosas das escolas públicas cariocas e busca promover uma rede de compartilhamento e trocas entre as unidades escolares, incentivando que boas práticas sejam conhecidas e apropriadas por outros educadores. 
#educa
Especialistas de diversas áreas e formadores de opinião conversam sobre temas que impactam a vida na cidade.            
Projeto Desenvolvimento da Cultura Digital na Rede
O Projeto Desenvolvimento da Cultura Digital na Rede reúne um conjunto de ações que buscam promover o desenvolvimento das competências nesse campo entre estudantes e professores das escolas cariocas.  
Seminário MultiRio 30 anos - Criatividade fazendo escola
A MultiRio comemora 30 anos e realiza o Seminário MultiRio 30 anos - criatividade fazendo escola com palestras, rodas de conversa e oficinas.
Personagens Rioeduca - Paper Toy
Acesse e faça o download dos personagens do Material Rioeduca em versão paper toy para imprimir, recortar e montar. 
EI Carioca na Rede
A websérie EI Carioca na Rede aborda assuntos relevantes para o cotidiano da Educação Infantil como a rotina, o tempo e o espaço, datas comemorativas, documentação pedagógica e muito mais.
Meias Aventuras
Respeitável público, a MultiRio apresenta o Meias Aventuras, um projeto multiplataforma, divertido e super interativo para estimular ainda mais a criatividade das crianças.  
14ª Jornada Pedagógica da Educação Infantil (JPEI 2023)
A Jornada Pedagógica da Educação Infantil – JPEI é uma ação formativa dedicada aos profissionais de Educação Infantil atuantes nas Creches Municipais, Epaços de Desenvolvimento Infantil e nas Unidades parceiras da SME-Rio.
A Escola na Cultura Digital
Formação promovida pela MultiRio em parceria com a Escola de Formação Paulo Freire da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro através da plataforma EaD (Ensino a Distância) da EPF. 
História do Brasil
Com os módulos Rio de Janeiro – História da Cidade, América Portuguesa e Brasil Monárquico, o site História do Brasil conta com um rico conteúdo curricular. Oferece também uma coleção de imagens históricas, com reproduções de telas, representações cartográficas e fotos de documentos. Além disso, ao longo dos textos, palavras e termos destacados trazem links com informações e explicações complementares.                                      
Andar - Agência de Notícias dos Alunos da Rede
Projeto de trocas e de colaboração em torno da produção estudantil de notícias, reconhecendo e desenvolvendo iniciativas existentes na Rede Municipal e estimulando novas práticas.
MultiClube
Com diferentes seções voltadas a diversas faixas etárias, o MultiClube oferece conteúdos para crianças e jovens. Para cada uma das faixas – que estão divididas em 3 a 5, 6 a 8, 9 a 11 e 12 a 15 anos –, há materiais selecionados de acordo com as características de cada grupo.  
Impressões Digitais
Impressões Digitais - Autoavaliação da Cultura Digital na Rede - é um instrumento que busca fazer um retrato do tema na Rede Municipal para apoiar a política pública educacional, subsidiando o planejamento, o acompanhamento e a análise das ações a serem realizadas neste campo.
Jornada de Planejamento, Formação Pedagógica e Centro de Estudos 2023
A Jornada Pedagógica de Planejamento, Formação Pedagógica e Centro de Estudos 2023 acontece de 1º a 3 de fevereiro com materiais para estudo, reflexão e debate para a dinâmica das atividades a serem desenvolvidas nas unidades escolares.
Que Medo!
Por meio de desenhos animados, aborda diferentes faces do medo infantil, contribuindo para seu entendimento e desmistificação.

Os negros e a questão da liberdade no início do século XIX
05 Setembro 2022 | Por Márcia Pimentel
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As diversas lutas instauradas nas províncias em prol da independência não podem ser resumidas apenas como um conflito entre brasileiros e portugueses. Os lusos até formavam um grupo relativamente coeso, mas o mesmo não se pode dizer dos brasileiros, pois havia entre eles inúmeras divisões ideológicas, políticas, sociais e étnicas.

Entre os brasileiros, existia não apenas cisões entre as elites locais e os indígenas, mas também entre brancos e negros. Segundo livro de João José dos Reis e Eduardo Silva (Negociacão e conflito: a resistência negra no Brasil escravista), os brancos ricos temiam que o processo de independência se transformasse em um movimento mais amplo, caso o discurso de liberdade e libertação do Brasil do jugo português atingisse as senzalas.

Óleo sobretela. Campo de batalha. Negros, armados com lanças e spadas, enfrentam soldados com armas de fogo em punho. À esquerda, um negro leva ao alto, como se fosse um troféu, uma cabeça branca degolada.
A Revolução no Hati inspirava sonhos entre os negros, mas assombrava senhores de escravos. Batalha de São Domingos, pintura de January Sucholdoski, 1845, Polish Army Museum, Wikicommons


O medo do Haiti

De fato, desde a Revolução do Haiti – grande rebelião de escravos que levou a colônia francesa de São Domingos à independência no início do século XIX –, era permanente entre os escravocratas o temor de revoltas entre os negros. Os chamados crioulos (escravos nascidos no Brasil), por exemplo, consideravam-se brasileiros e reivindicavam liberdade. Até porque notícias sobre a Revolução Francesa e do Haiti já haviam chegado às senzalas.

Os portugueses valiam-se disso para justificar a necessidade de o Brasil se manter unido à antiga metrópole: “O mais fatal de todos os perigos é passar de senhor a escravo ou ter por senhores esses mesmos escravos africanos e negros”, publicou o jornal O Campeão Português, em 1822. Entre as elites brasileiras, a atitude, de forma geral, era a mesma de dona Maria Bárbara Garcez Pinto:

“A crioulada da Cachoeira fez requerimentos para serem livres [...] Estão tolos, mas à chicotada tratam-se", escreveu em carta ao marido, um dos representantes do Brasil nas Cortes portuguesas em Lisboa.

A Cachoeira a que dona Maria Bárbara se referia era a vila do Recôncavo Baiano onde haviam ocorrido alguns dos acontecimentos mais decisivos da guerra de independência da Bahia. Certamente, os escravos não reivindicavam a liberdade a partir do nada. Só para ter uma ideia do envolvimento deles, em 1822, portugueses e brasileiros viviam em clima de intolerância e era comum ver jovens negros baianos em confronto com os lusos da província.

Revoltas

A Constituição brasileira de 1824 não mudou o status de escravizado dos negros, represando a demanda por liberdade de uma fatia numerosa da sociedade brasileira. Nos últimos anos do século XVIII, lideranças negras já haviam sido condenadas à forca por seu envolvimento em uma conspiração, chamada de Revolta dos Búzios (ou dos Alfaiates, ou Conjuração Baiana), que almejava um governo republicano e a libertação dos escravos.

Litografia em preto e branco. Ao fundo, a Igreja de Nossa Senhora da Piedade. Em primeiro plano um largo pelo qual passeiam homens e mulheres da clase senhorial. Negros trabalham carregando cadeirinhas, redes e liteiras. À frente, um homem branco sem uma das pernas pede esmola e craiança negra brinca com sua mãe sentada no chão.
Largo da Lapa, em Salvador, palco privilegiado da Revolta dos Búzios, onde líderes negros foram enforcados. Litografia de Louis-Julien Jacottet, 1835, domínio público


Em fevereiro de 1823, o militar Pedro da Silva Pedroso, um mestiço pardo que exercia forte liderança sobre soldados negros, levou o pânico para Recife e Olinda junto com suas tropas de gente de cor e a população marginalizada, numa agitação que assumia, segundo artigo de Wanderson de França, “feitio insurrecional” e que provocava “temores de uma revolução racial”.

A revolta foi sufocada após uma semana, mas, no ano seguinte, com forte participação dos negros, pardos e mestiços eclodiu a Confederação do Equador, um movimento que expunha um descontentamento profundo, que também atingia outras províncias do Norte e do Nordeste do Brasil.

Essas revoltas tomaram forma na década de 1830, como a Cabanagem, no Pará, a Balaiada, no Maranhão, e a Revolta dos Malês, na Bahia, rebelião de caráter estritamente racial, contra a escravidão e a imposição da religião católica, que ocorreu em Salvador, em janeiro de 1835

Após a Revolta dos Malês, parcela expressiva dos proprietários baianos se desfez dos escravos, alforriando-os ou vendendo-os para o Rio de Janeiro.

 
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