Assistimos a vídeos, realizamos rodas de conversa, produzimos desenhos e escolhemos um deles para ilustrar nossa mensagem no muro da escola: “Libras é um idioma e insere a pessoa surda na sociedade com igualdade de expressão.”
Na E.M. Edgard Werneck, surdos e ouvintes aprendem Libras para implementar uma comunicação efetiva entre ambos. A arte urbana registrou essa realidade no muro de entrada da unidade com a mensagem: "Libras é nossa língua, nossa voz… Minhas mãos falam! Vinte anos da lei de Libras!”
A atividade com os alunos surdos atendidos na parte da tarde se deu na sala de recursos, mas a parte final do projeto, a pintura do muro, envolveu também a participação dos alunos surdos atendidos na parte da manhã.
Para nortear a atividade com as técnicas artísticas necessárias para uma finalização bem-sucedida, tivemos a presença de uma artista plástica voluntária e a de um ex-aluno surdo, também artista plástico, que hoje cursa o Ensino Médio no Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).
A turma de 4º ano, do segundo turno, que tem um aluno surdo incluído, foi convidada a participar da pintura juntamente com alunos surdos e outros profissionais da escola, entre funcionários, professores e prestadores de serviço, instrutor surdo e intérpretes de Libras.
A arte foi inscrita na categoria Lentes do Olhar da II Mostra Municipal de Multilinguagens (MML) da SME-Rio e o grupo de alunos surdos e a rede de apoio compareceram ao evento, que aconteceu no auditório da Escola Sesc da Barra.
Nas comemorações do Dia do Surdo, o projeto foi apresentado à comunidade escolar pelos alunos surdos, professores de Sala de Recursos, instrutor surdo e intérpretes de Libras.
O projeto mostrou um crescimento progressivo nas ações. Inicialmente, seu planejamento previa sua realização circunscrita à unidade escolar, com início no primeiro bimestre, nas comemorações dos 20 anos da Lei de Libras, e término no último bimestre, nas comemorações do Dia do Surdo. Contudo, vislumbramos na II MML, a possibilidade de levar o trabalho além do espaço escolar e de oportunizar aos alunos surdos envolvidos uma vivência singular.
A prática contribuiu positivamente em vários aspectos, porque, além de dar protagonismo aos alunos, possibilitou a presença de um ex-aluno surdo e artista plástico que trouxe representatividade ao projeto. Além disso, a relação com os demais alunos da escola foi uma experiência importante, já que nesse projeto os alunos surdos eram os narradores e compartilhavam suas vivências com os demais.