UNIDADE DE ENSINO
EM Sindicalista Chico Mendes - 10ª CRE
Avenida João Xxiii S/nº - Santa Cruz
UNIDADE ESCOLAR VOCACIONADA
Unidade não vocacionada
AUTOR(ES)
Max PorphirioPossuo graduação, mestrado e doutorado em História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Sou membro do Grupo de Estudos sobre o Agro Contemporâneo (GEAC), do Núcleo de Estudos sobre Capitalismo, Poder e Lutas Sociais (NECAP) e do Programa Sephis. Fui Professor Substituto, na área de História da América, do Departamento de História e Relações Internacionais, da UFRRJ. Atualmente sou professor das redes municipais de Seropédica e do Rio.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
PEF - Anos Finais - História
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
8º ano
9º ano
HABILIDADES
9º ano - História - Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados da escravidão, com destaque ao reconhecimento de formas de lutas e de resistências à escravização no Brasil, e discutir a importância de ações afirmativas.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Agosto/2023 até atualmente
Objetivo(s), em consonância com as Diretrizes Curriculares para as Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira, africana e indígena
O objetivo é a construção positiva da identidade negra. A partir dos cursos sobre adolescência oferecidos pela Escola Paulo Freire ficou evidente que os alunos adolescentes estão buscando um novo sentido para a sua existência e que esse processo é, ao mesmo tempo, individual e coletivo. Nesse sentido, construímos o projeto para oferecer novos referenciais positivos da raça negra, sabendo das dificuldades que os nossos alunos possuem em enxergar o negro pelo viés do belo (dificuldade esta que resulta de um projeto secular de embranquecimento do nosso país). Cabe destacar que tivemos, sobretudo, o cuidado de apresentar referências (e não impor identidades), estimulando o protagonismo juvenil.
O projeto foi desenvolvido com o objetivo de auxiliar a construção da identidade dos alunos. A ideia foi substituir os números das salas por nomes de personalidades, que podem servir de referências para os alunos, uma vez que, nessa fase da vida (adolescência), eles estão buscando um novo sentido para a sua existência. Assim, pedimos que cada professor apresentasse três nomes de personalidades ligadas a sua disciplina. Estas personalidades precisavam ter como principal característica a capacidade de enfrentar desafios, para fazer valer suas ideias e mudar o mundo (escolhendo, ao menos uma mulher ou uma pessoa periférica ou uma negra ou uma pessoa indígena ou uma pessoa com deficiência). Com esses três nomes fizemos a reunião com o grêmio, para a escolha do nome. Como poderíamos esperar em um comunidade majoritariamente negra, os nomes escolhidos foram principalmente de pessoas negras e indígenas: Lima Barreto; Machado de Assis; Carolina de Jesus; Zumbi dos Palmares; Emicida; Luiz Gama; Greta Thunberg; Katherine Johnson; Marta da Silva.
A mobilização dos estudantes foi intensa. Os membros do grêmio demonstraram uma preocupação em realizar imediatamente o projeto. Percebeu-se nesses alunos um sentimento de relevância e de protagonismo nas decisões da comunidade escolar. Infelizmente, por questões operacionais, ainda não conseguimos alterar os nomes das salas. Mas a solicitação da comunidade escolar é que essa mudança ocorra ainda esse ano, para que os novos estudantes já iniciem o ano letivo em um novo ambiente escolar.