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Boas Práticas
Apoio Interdisciplinar do NIAP/PROINAPE
“Nossa professora não vai voltar”: Trabalhando o processo de luto no contexto escolar
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Oscar Thompsom - 8ª CRE
Estrada Mandabuá S/nº - Senador Camará
UNIDADE ESCOLAR VOCACIONADA
Unidade não vocacionada
AUTOR(ES)
Pamela Abdon Guimarães Pimentel
Pamela Abdon é psicóloga, graduada pela UFRJ, neuropsicóloga e pedagoga. Atua há 15 anos na Secretaria Municipal de Educação como psicóloga e há 2 anos como articuladora técnica do Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (NIAP), na Equipe do Programa Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (PROINAPE) da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
Psicóloga (NIAP – SME)
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
4º ano
OBJETIVOS

1. Proporcionar um espaço acolhedor para que os alunos pudessem expressar suas emoções e compartilhar suas experiências relacionadas ao luto, promovendo a compreensão e o processamento saudável da perda.

2. Auxiliar as crianças a desenvolverem habilidades de resiliência, fortalecendo sua capacidade de lidar com situações difíceis e adversidades emocionais, contribuindo para o seu bem-estar emocional.

3. Promover a solidariedade e a empatia entre os alunos, incentivando-os a oferecer apoio e mútuo durante o processo de luto, fortalecendo o senso de comunidade na turma.

4. Oferecer um espaço de acolhimento e suporte emocional para os professores que perderam a colega de trabalho, permitindo que eles expressassem suas emoções.

5. Fornecer recursos e estratégias para os professores lidarem com o processo de luto e o impacto emocional da perda, visando promover o autocuidado, a resiliência e a capacidade de continuar desempenhando suas funções profissionais de forma saudável e eficaz.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Agosto/2023 até Agosto/2023
Público
Alunos, Professores, Profissionais da Educação
Competências da BNCC
4, 8, 9
Eixo de trabalho do NIAP
Acolhimento Psicossocial e Vínculo Escolar

Após a trágica morte da professora regente da turma 1402 da Escola Municipal Oscar Thompsom, a articuladora técnica da Equipe PROINAPE 8 recebeu através do Gabinete da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) a demanda de oferecer um suporte para a comunidade escolar, que se encontrava em processo de elaboração da perda.

Como psicóloga, a articuladora foi a responsável pelo suporte a essa Unidade Escolar. O processo de trabalho iniciou com o acolhimento à diretora da UE. Posteriormente, todos os professores e funcionários presentes na escola, e que demonstraram interesse, foram atendidos individualmente (8 professores e 1 funcionária). Ofereceu-se uma escuta ativa e empática a cada profissional, tendo em vista o momento difícil que todos estavam enfrentando.

Em relação aos alunos da turma 1402, foi realizado um encontro, com duração de 2 horas, em que se trabalhou o processo de luto. Inicialmente, todos foram convidados a se apresentar e a falar um pouco sobre como estavam se sentindo com a perda da professora, tão querida por eles.

Em seguida, utilizou-se a técnica da imaginação ativa, em que a psicóloga solicitou que todos fechassem os olhos e guiou a imaginação dos alunos, contando uma história, finalizando com a imagem mental de um abraço na professora. As crianças foram sensibilizadas a abrirem cuidadosamente os olhos e solicitou-se que fizessem um desenho, como forma de se despedirem da professora.

Depois, cada aluno colocou seu desenho em uma caixa, expressando em uma frase como estava se sentindo após o compartilhamento de emoções e a técnica de imaginação ativa. Todos os alunos conseguiram se expressar de maneira clara, com tranquilidade e resiliência. Foi possível perceber o apoio entre os alunos da turma, de forma empática e acolhedora, o que provocou um fortalecimento no grupo.

A ação na escola foi finalizada com uma devolutiva para a diretora e a articuladora se colocou à disposição para novas intervenções que se fizessem necessárias.

A ação provocou uma ressignificação do processo de perda, uma vez que o tema da morte ainda é um tabu no cotidiano escolar. Entendendo o luto como um período de crise, é importante notar que ele é vivenciado a partir de ritos culturais específicos. Ao compreenderem e processarem o luto, crianças e adultos puderam desenvolver habilidades de resiliência e encontrar formas adequadas de lidar com suas emoções, fortalecendo o grupo como um todo.
Referências Bibliográficas

FREITAS, Joanneliese de Lucas. Luto e fenomenologia: uma proposta compreensiva. Rev. abordagem gestalt, Goiânia, v. 19, n. 1, p. 97-105, jul, 2013.

GIARETTON, D. W. L. et al. A escola ante a morte e a infância: (des)construção dos muros do silêncio. Revista Brasileira de Educação, v. 25, p. e250035, 2020.

TEIXEIRA, L. C. Morte, luto e organização familiar: à escuta da criança na clínica psicanalítica. Psicologia Clínica, v. 18, n. 2, p. 63–76, 2006.

YAMAURA, Luciana Parisi Martins; VERONEZ, Fulvia de Souza. Comunicação sobre a morte para crianças: estratégias de intervenção. Psicol. hosp. (São Paulo), São Paulo , v. 14, n. 1, p. 78-93, jan, 2016.

Registros
IMAGENS
Alunos da turma 1402
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