UNIDADE DE ENSINO
CIEP Doutor Adão Pereira Nunes - 6ª CRE
Avenida Brasil 18476 - Irajá
UNIDADE ESCOLAR VOCACIONADA
Unidade não vocacionada
AUTOR(ES)
Michele do Nascimento Riguêto; Bárbara Prudente; Michelle Dantas Ferreira
Michele é Professora de Educação Física, formada pela Universidade Castelo Branco. Atuou durante muitos anos em academias. Desde 2008 leciona na Rede Estadual e a partir de 2016, também em escolas municipais. Atualmente, se dedica exclusivamente ao Instituto de Educação Rangel Pestana e ao CIEP Dr. Adão Pereira Nunes, onde além de Educação Física, trabalha com Roda de Leitura. Bárbara é Coordenadora Pedagógica do CIEP e Michelle Dantas está como Diretora Adjunta da instituição.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
Professora do Ensino Fundamental Anos Finais Educação Física / Regente; Professora II – PEI / Coordenadora Pedagógica / Professora II – PEI/ Diretora Adjunta
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
1º ano
2º ano
3º ano
4º ano
5º ano
HABILIDADES
1º ano - Anos Iniciais - Conhecer, aplicar e registrar algumas regras de convivência social, baseadas no respeito às diferenças.
1º ano - Anos Iniciais - Expressar em interações orais em sala de aula seus sentimentos e opiniões, argumentando e questionando, respeitando os turnos de fala e a opinião dos outros.
1º ano - Anos Iniciais - Identificar o assunto de um texto lido ou ouvido.
1º ano - Anos Iniciais - Expressar preferências e gostos pessoais em relação aos temas trabalhados, reconhecendo as diferenças e reagindo respeitosamente em relação a elas.
1º ano - Geografia - Elaborar e utilizar mapas de pequenos espaços para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais e tendo o próprio corpo como referência.
1º ano - História - Valorizar a existência da diversidade, reconhecendo caracteres identitários básicos e discutindo regras de convivência para diferentes espaços.
2º ano - Anos Iniciais - Explorar coletivamente o assunto de um texto com base no título, subtítulo e imagem.
2º ano - Anos Iniciais - Expressar em interações orais em sala de aula seus sentimentos e opiniões, argumentando e questionando, respeitando os turnos de fala e a opinião dos outros.
2º ano - Anos Iniciais - Reconhecer o respeito às diferenças como expressão dos nossos direitos e dos outros.
2º ano - Geografia - Elaborar e utilizar mapas de pequenos espaços para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais e tendo o próprio corpo como referência.
2º ano - Geografia - Valorizar a existência da diversidade, reconhecendo caracteres identitários básicos e discutindo regras de convivência para diferentes espaços.
2º ano - História - Reconhecer as interações sociais no ambiente doméstico, escolar e comunitário que frequentam em seu cotidiano.
3º ano - Anos Iniciais - Explorar coletivamente o assunto de um texto com base no título, subtítulo e imagem.
3º ano - Anos Iniciais - Perguntar e responder sobre estados e emoções.
3º ano - Anos Iniciais - Reconhecer situações cotidianas, em seus grupos sociais, capazes de proporcionar mudanças, pertencimento e memória.
3º ano - História - Identificar fatos da vida cotidiana, usando uma base temporal (antes, durante, ao mesmo tempo e depois) nos diferentes espaços que frequenta.
4º ano - Anos Iniciais - Distinguir um fato de uma opinião.
4º ano - Anos Iniciais - Perguntar e responder sobre estados e emoções.
4º ano - Anos Iniciais - Valorizar a oralidade como fonte de acesso a conhecimentos e à fruição.
4º ano - Geografia - Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, finalidades, diferenças e semelhanças.
4º ano - História - Identificar fatos da vida cotidiana, usando uma base temporal (antes, durante, ao mesmo tempo e depois) nos diferentes espaços que frequenta.
5º ano - Anos Iniciais - Apresentar opinião sobre assuntos significativos.
5º ano - Anos Iniciais - Distinguir um fato de uma opinião
5º ano - Anos Iniciais - Identificar a finalidade (função social) de um texto e seu público-alvo.
5º ano - Anos Iniciais - Relacionar assunto de textos lidos a seu conhecimento de mundo.
5º ano - Anos Iniciais - Valorizar o respeito à diversidade e à pluralidade da sociedade brasileira, buscando exemplos de aplicação desses pressupostos no cotidiano da vida social e escolar.
5º ano - História - Compreender o conceito de cidadania e dos direitos humanos como conquistas históricas construídas socialmente, buscando aproximar esses temas com exemplos da realidade cotidiana do estado do rio de janeiro.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Fevereiro/2023 até Dezembro/2023
Objetivo(s), em consonância com as Diretrizes Curriculares para as Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira, africana e indígena
Prática teórica-vivencial que busca propiciar a identificação e o empoderamento das crianças a partir do resgate de suas ancestralidades e da valorização da cultura africana e afro-brasileira. Diante disso, as práticas ofertadas buscaram: valorizar a história e cultura africana e afro-brasileira, buscando reparar danos, que se repetem há cinco séculos, à identidade e direitos ao povo negro; repensar relações étnico-raciais, sociais e pedagógicas, que são propagadas e partilhadas na e pela escola; desconstruir ações e práticas com o intuito de eliminar conceitos, ideias e comportamentos guiados pela ideologia do branqueamento e/ou mito da democracia racial.
Rodas se abriram. Os encontros duravam cerca de 1h e 40 min., com grupos de crianças entre 6 e 11 anos (1º ao 5º ano), respectivamente. Indicando caminhos estava o livro “Os tesouros de Monifa”, que conta o dia que uma garotinha recebe os tesouros herdados de sua avó, que passados de geração em geração trazem toda a força da ancestralidade e do descobrimento de nossas raízes. Monifa acendeu muitas dúvidas sobre nossas origens, despertando curiosidades, encantamentos e uma identificação tão necessária para que crianças negras tenham, desde pequenas, consciência e orgulho de suas histórias, e crianças brancas possam, desde a mais tenra idade, ter noção de seus privilégios – mesmo na favela, com um dos menores IDH da América Latina – e do Pacto da branquitude, que assim como o racismo é estrutural em nossa sociedade. Desenvolver essa consciência crítica e (trans)formar adultas/os empoderadas/os e questionadoras/es da realidade que se apresenta é nosso papel na luta diária por uma educação democrática, libertadora e esperanceira. Longas conversas foram tecidas. Livros foram manuseados e “devorados”. Globo, mapas, sites foram fontes de pesquisa, de modo a dar concretude ao que estava sendo explicado. Por meio deles, as crianças puderam perceber a grandiosidade do continente e a riqueza cultural africana e dos povos originários. Ancestralidade tatuada na pele, refletindo orgulho e pertencimento no olhar. Satisfação num sorriso que se abre e que traz consigo um conhecimento-corpo.
O que vimos – e buscamos cada vez mais ver – ocupar os espaços da escola, foram crianças curiosas e orgulhosas de suas raízes, encantadas por carregarem em seus corpos símbolos ancestrais, repletos de significado. A ansiedade tomou conta de todas as turmas, que aguardavam com alegria e cobravam pelo momento em que também teriam seus corpos pintados. A curiosidade e a vontade de saber mais movimentaram a leitura de outros livros, que ampliaram o repertório e seguem proporcionando novas perguntas, que geram diferentes aprendizagens e novamente se transformam em perguntas, em um ciclo que se retroalimenta e possibilita a construção de conhecimentos.