Débora Almeida é Mestre em Letras- Linguagem e Identidade, pela Universidade Federal do Acre. Licenciada em Artes Cênicas e Bacharel em Interpretação Teatral pela UNI- Rio. É professora de Artes Cênicas na SME desde 2021, onde já atuou como professora de teatro, dança e coordenadora pedagógica. Integra a equipe PROINAPE desde 2010. Realiza trabalhos nas áreas da Educação, Teatro, Literatura e Audiovisual. Seu primeiro livro individual, intitulado Sete Ventos, foi publicado no Brasil e na Europa. Como artista e educadora realiza pesquisa no campo do Teatro, tendo como objeto de estudo o processo de criação em performance teatral com o foco em história e cultura negra.
Luciana Braga Palma: Assistente social na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro há vinte anos. Trabalha no PROINAPE desde a Rede de Proteção ao Educando criada em 2007.
Graduada em Serviço Social pela UERJ, Pós-Graduação em Saúde Mental e Serviço Social no IPUB/ UFRJ e Mestrado no CPDOC/FGV em História Política.
• Refletir com os pais e responsáveis sobre as diferentes questões que atravessam o desenvolvimento das crianças;
• Refletir com os pais e responsáveis sobre convivências e conflitos no ambiente escolar.
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Em fevereiro de 2023 fizemos contato com a direção da E.M. Elza Soares, nosso intuito foi avaliar a continuidade do trabalho iniciado em 2022 com a professora Débora Almeida. No desenvolvimento das nossas ações, o grande número de atendimentos de alunos e responsáveis nos chamou atenção para a necessidade de estabelecer um canal de comunicação com os responsáveis sobre diferentes questões identificadas no cotidiano escolar relacionadas ao desenvolvimento das crianças, sobretudo as do 1º ano do Ensino Fundamental.
A metodologia escolhida foi a roda de conversa. Esse formato proporciona o diálogo entre os participantes e a escuta dos responsáveis com horizontalidade.
Realizamos o primeiro encontro em junho com 23 presentes divididos em dois momentos para facilitar a escuta e o diálogo, utilizamos essa frase disparadora: "Quando você pensa em criação de filhos, quais as palavras que vêm a sua cabeça?" Produzimos cartazes com a memória da reunião que, após o encontro foram entregues à direção da escola. A dinâmica com o grupo da tarde foi propícia para que alguns responsáveis apresentassem aspectos das histórias de vida de suas crianças.
O segundo encontro ocorreu em outubro e contou com a participação de 53 pessoas. Duas colegas do PROINAPE, a psicóloga Adriana e a assistente social Aline, nos auxiliaram. As questões disparadoras foram: "O que vem à sua cabeça com a palavra criança? O que vem à memória quando vocês lembram da infância de vocês?". Novamente confeccionamos cartazes com a memória do encontro. Embora estas ações tenham sido originadas pelas observações colhidas na nossa prática profissional e nos diálogos com as diretoras, não houve articulação com o PPP da escola.
Os encontros com os responsáveis nos proporcionaram ampliar os vínculos com este público, conhecer suas ideias e concepções sobre o tema trabalhado e sobre as relações no cotidiano da escola.
As Reflexões propostas nos nossos objetivos necessitam de outros encontros para serem consolidadas. Essa iniciativa constituiu um projeto piloto que necessita ser ampliado e incorporado na dinâmica escolar como as reuniões de responsáveis promovidas pela U.E.
Nossa avaliação referente à adequação da metodologia aplicada é que a mesma atendeu as nossas expectativas, principalmente em relação à facilidade de comunicação com os participantes e a confecção dos registros de memória. No entanto é preciso desenvolver estratégias para mensurar os resultados atingidos.