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Boas Práticas
Educação de Jovens e Adultos
Diversidade Cultural na EJA I
Informações
Sequência Didática
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
Creja - Centro Municipal de Referência de Educação de Jovens E Adultos - CREJA
Rua da Conceição 74/76-a - Centro
UNIDADE ESCOLAR VOCACIONADA
Unidade não vocacionada
AUTOR(ES)
Amanda Rosa e Mônica Fajoses
Amanda Araújo Rosa, graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É professora Alfabetizadora na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, atuando no PEJA (Programa de Educação de Jovens e Adultos) desde 2017. Atualmente leciona no Centro Municipal de Referência de Educação de Jovens e Adultos (CREJA) e cursa Especialização em Educação de Jovens e Adultos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Rondônia (IFRO). Participou da elaboração do material Rioeduca em 2021.

Mônica Fajoses, graduada em Pedagogia, pós-graduada em EJA pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ – CESPEB); professora alfabetizadora de EJA na Rede Municipal do Rio de Janeiro há 16 anos; atualmente trabalha em turmas de EJA I (blocos 1 e 2), no Centro Municipal de Referência de Educação de Jovens e Adultos (CREJA).
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
Professor II
COMPONENTE CURRICULAR
HISTÓRIA/GEOGRAFIA / Reconhecer e valorizar a multiplicidade das matrizes que constituem a identidade do povo brasileiro.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Fevereiro/2023 até Junho/2023
Problematização
Ao longo do tempo, identificamos que os estudantes, em sua maioria, elaboram conceitos de cultura baseados no senso comum, onde cultura é somente aquilo produzido por artistas e intelectuais não populares. A fim de ampliar este conceito e resgatar a identidade cultural dos estudantes, trazemos alguns questionamentos: O que é cultura para você? Há alguma cultura superior a outra? Quais lembranças você tem dos hábitos e costumes de seus familiares e do lugar onde você nasceu?
Texto base
Entendemos que a EJA é uma modalidade onde o trabalho pedagógico deve ser selecionado de acordo com a necessidade, interesse e realidade dos estudantes, levando em consideração o histórico de negação de direitos vivido pelos sujeitos ao longo da vida. A dificuldade de retornar para a escola e de se manter nela, o não acesso aos diversificados campos culturais, aos locais de lazer e a ausência de garantia de direitos é uma tônica que deve ser, sempre, levada em consideração. Sendo assim, toda a construção escolar desse estudante precisa fazer sentido, ou seja, dialogar com suas realidades. Para tanto, nos fundamentamos na Circular Número 6, de agosto de 2019, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME), emitida pela Gerência de Educação de Jovens e Adultos (GEJA) e do livro Pedagogia da Autonomia de Freire (2021), que tratam sobre a dialogicidade e o respeito aos saberes dos educandos.
Desenvolvimento

Iniciamos nosso projeto com uma roda de conversa sobre o conceito de cultura que os estudantes trazem. A partir das falas e da leitura das imagens contidas no material Rioeduca blocos 1 e 2, falamos sobre o conceito de cultura. A partir da discussão, produzimos um registro escrito coletivo, sobre o conceito de cultura. Inicialmente, os estudantes faziam associação de cultura somente aos equipamentos culturais e, então, percebemos a oportunidade de conceituar equipamentos culturais e registrar quais equipamentos culturais eles já haviam visitado. Conversamos sobre a superioridade/inferioridade de uma cultura sobre a outra e, também, sobre um indivíduo ter ou não ter cultura. Concluindo essa etapa conceitual, respondemos à pergunta “c” da atividade 1, do material Rioeduca da EJA I, bloco 2. A fim de entendermos como as culturas brasileiras foram constituídas, conhecemos um pouco sobre a influência e as heranças das culturas Indígena e Africana, para

tanto, iniciamos a contextualização e a problematização, a partir do material Rioeduca, página 11, que trata sobre a diversidade cultural brasileira e registro de resposta para a pergunta “e” da atividade 1, página 10; e na página 12, respondendo quais manifestações culturais eles estão familiarizados e o que entendem sobre o Brasil ser diverso culturalmente? Posteriormente, utilizamos os vídeos “Arte Indígena - Nossa História: hábitos e cultura”, disponível no canal da MultiRio no Youtube, e “A influência Africana na cultura brasileira”. A partir dos vídeos, pesquisamos e registramos palavras e culinária de origens Indígenas e Africanas que fazem parte do nosso cotidiano. Iniciamos a terceira etapa com uma roda de conversa sobre etnia, descendência familiar e sobre a alimentação na cultura dos povos, destacando-a como expressão cultural. Nessa etapa, utilizamos o vídeo “Comida e Cultura”, disponível no Youtube. Identificamos no mapa do Brasil os estados de origens dos estudantes e em uma roda de conversa, ouvimos suas memórias afetivas com registro escrito. Em seguida, pesquisamos os estados de origens dos estudantes e suas manifestações culturais, confeccionamos as respectivas bandeiras, registro das informações pesquisadas e produzimos um livro de receitas afetivas.

Produto Final

Identificamos no mapa do Brasil os estados de origens dos estudantes e em uma roda de conversa, verificamos suas memórias afetivas com registro escrito. Fizemos a pesquisa dos estados de origens dos estudantes e suas manifestações culturais, confecção das respetivas bandeiras, registro das informações pesquisadas e produzimos um livro de receitas afetivas.

Após a conclusão do livro, fizemos uma mostra cultural com o material produzido durante o projeto.

Objetivos das Orientações Curriculares da EJA

Reconhecer e valorizar a multiplicidade das matrizes que constituem a identidade do povo brasileiro;

Construir a escrita adequada ao leitor e aos objetivos da comunicação, desenvolvendo o processo de revisão e reescrita do próprio texto;

Compreender e interpretar diferentes gráficos e tabelas.

Sensibilização/Contextualização para o tema

Tendo em vista a diversidade presente nas turmas da EJA I bloco 2 e o Eixo Cultura, que vem sendo desenvolvido ao longo do primeiro trimestre de 2023, percebeu-se a oportunidade de ampliar, destacar e pesquisar o conceito de cultura e a identidade cultural dos estudantes.

Propomos investigar e pesquisar as diferentes culturas e suas relações no processo de construção da identidade dos sujeitos na perspectiva de suas diferenças culturais, das diferenças culturais existentes no Brasil e a relevância de todas as diferenças para a sociedade brasileira, reforçando que não há uma cultura superior ou melhor do que a outra.

Entendemos que as relações interculturais podem dialogar e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, tornando as experiências de aprendizagem mais significativas.

Foi observado que os estudantes ampliaram o conceito de cultura, entendendo-se como parte da cultura e produtores dela. Assim como, começaram a construir o conceito de diversidade cultural, percebendo a importância dos povos originários e africanos na construção da cultura brasileira.
Registros
IMAGENS
comidas
pesquisa
roda de conversa
midia
expositiva
PDFs
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