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Boas Práticas
Apoio Interdisciplinar do NIAP/PROINAPE
FAZENDO “ARTE”, FALANDO E CRIANDO POESIAS
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Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Darcy Vargas - 1ª CRE
Rua Sousa E Silva 112 - Gamboa
AUTOR(ES)
Sandra Maria da Silva Ramos e Simone dos Santos
Sandra Ramos. Psicóloga da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Pós-graduada em Especialização em Psicanálise com Crianças: Intervenção Precoce - Hospital São Zacharias/Santa Casa de Misericórdia RJ.
Mestranda em Mestrado profissional de Psicanálise e Políticas Públicas/UERJ.

Simone dos Santos. Assistente social da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Graduada pela Universidade Federal Fluminense. Pós-graduada em Especialização em Mediação de Conflitos com Ênfase na Família - Faculdade AVM RJ.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
psicóloga e assistente social
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
3º ano
4º ano
5º ano
OBJETIVOS
Estimular nos alunos o processo de criação de poesias, possibilitando que se expressem através da escrita e da fala, desenvolvendo também a oralidade com seus pares no coletivo, assim como contribuir para elevar a autoestima, incentivar a solidariedade e o respeito. Com a finalidade de contribuir para o processo de ensino-aprendizagem e sendo a poesia um recurso lúdico, favorece a aproximação das crianças ao universo da leitura e da escrita, tornando a aprendizagem mais prazerosa.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Março/2022 até Novembro/2022

Os encontros com os alunos cativados pela poesia no 1º semestre aconteciam semanalmente com cerca de uma hora de duração. Participavam através de oficinas e rodas de conversa alguns estudantes do 3º ao 5º ano, somando no total 25 integrantes.

Nas oficinas falavam poesias no formato Hai Kai de origem japonesa (poesias de três versos), a partir do livro “Os Hai Kais do Menino Maluquinho” do escritor Ziraldo. As poesias do livro eram escolhidas pelas crianças.

No 2º semestre, foi proposto que eles escrevessem poesias autorais, tendo o apoio da equipe somente para escrever, principalmente com aqueles que não eram alfabetizados. Sinalizava-se para as crianças que a criação partisse delas. Cabe ressaltar, que os estudantes do 3º ano preferiam criar suas poesias em grupos de dois ou mais participantes. No caso de alunos do 4º e 5º anos alguns trouxeram poesias prontas e outros produziram nos encontros, individualmente. Os recursos utilizados foram: poesias, dinâmicas com desenhos e gravuras.

A equipe avalia que o exercício da fala de poesias em voz alta possibilitou que as crianças conseguissem associar a escrita com o som das palavras produzindo sentidos, mesmo para os que não estavam alfabetizados. Foi possível perceber que as crianças ao criarem suas poesias passavam a se sentir mais reconhecidas e havia uma mudança positiva em sua autoestima. A expressão de alegria daquelas que não eram alfabetizadas e que viam seus pensamentos representados em palavras e transformados em poesias era evidente. Segundo a professora Juliana Nunes, profissional de apoio do trabalho, esse projeto com poesia promoveu situações de liberdade para que as crianças pudessem criar e se apropriarem da palavra, em uma relação afetiva e dialógica. Sendo assim, capazes de cumprir a função social proposta pela linguagem: a habilidade de dizer. Considera que a equipe do PROINAPE, possibilitou que as crianças se constituíssem como indivíduos, em um universo letrado e poético.
Referências Bibliográficas

FREIRE, Paulo. Carta de Paulo Freire aos professores. Estudos avançados, v. 15, p. 259-268, 2001.

NUNES, Palmira Baroni. Alfabetização e poesia.Revista Educação Pública - 2011. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/ar tigos/11/10/alfabetizaccedilatildeo-e poesia Acesso em 07/11/2022

ZIRALDO. Os hai-kais do menino maluquinho. Editora Melhoramentos, 2013.

ANDRADE, Simei Santos; SANTOS, Raquel Amorim dos. Ludicidade como prática de liberdade: os jogos de regras na perspectiva do método Paulo Freire. In: TEDESCO, Anderson Luiz; LACERDA, Tiago Eurico de (org.). Paulo Freire 100 anos: o centenário de um pensamento intempestivo. Curitiba: Bagai, 2020. p. 143-154. ISBN 978-65-87204-69-7. Disponível em: https://livroaberto.ufpa.br/jspui/handle/prefix/969. Acesso em:. 06/06/2023

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