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Boas Práticas
Educação de Jovens e Adultos (EJA Rio)
Ser EJA pelas bionas (bionarrativas sociais)
Informações
Sequência Didática
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Gonçalves Dias - 1ª CRE
Campo São Cristóvão 115 - São Cristóvão



AUTOR(ES)
José Henrique de Almeida Cereja
Sou licenciado em Ciências Biológicas pela Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP/Uerj) e mestre em Ciências, Ambiente e Sociedade pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade (PPGEAS) da mesma instituição. Professor desde 2005, trabalhei no ensino público dos municípios de Cabo Frio, Caxias e Nova Iguaçu. Leciono desde 2010 nas escolas da Prefeitura do Rio e desde 2013 nas escolas da Prefeitura de Maricá. No município do Rio atuei como regente de turmas de Aceleração por quase cinco anos e, de 2019 para cá, em turmas do Peja.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
Professor I - Ciências
EJA/Bloco
EJA II Bloco 1 e EJA II Bloco 2
COMPONENTE CURRICULAR
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PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Março/2023 até atualmente
PÁGINA(S) DA PRÁTICA/PROJETO NA INTERNET
Problematização

Nas primeiras aulas de elaboração das bionas, levantei algumas questões que embasaram o debate inicial, assim: Como vocês acham que trabalha um(a) cientista? Conhecem algum(a)? Já estiveram pessoalmente com um(a)? Especificamente, quanto a cientistas brasileiros(as): vocês se lembram de algum nome? E em relação a cientistas nordestinos(as)? E a cientistas negros(as)?

A partir dessas questões iniciais, iniciamos um trabalho de reflexão e pesquisa sobre a vida e obra de cientistas do Nordeste brasileiro que serviu de modelo para que, nas aulas de Ciências, pensássemos a possibilidade de construção de outras bionas envolvendo aspectos biodiversos, em distintos diálogos com os conhecimentos científicos. Tanto o trabalho das bionas que desenvolvemos sobre cientistas do Nordeste brasileiro quanto outros que ainda estão em desenvolvimento foram compartilhados em um mural virtual Padlet.

Texto base

Nesta primeira bionarrativa social, nossos estudantes desenvolveram resenhas, em seus cadernos, relacionadas à vida e obra de cientistas nordestinos que eles(as) mesmo escolheram após pesquisa na internet.

Outros textos foram utilizados como embasamento teórico do professor no desenvolvimento da sua prática, como:

  • textos-base do livro Vidas que ensinam, o ensino da vida. Organizado por Marcia Serra Ferreira et al. São Paulo: Livraria da Física, 2020. (Coleção Ensino de Biologia).
  • textos-base do livro Pedagogia do oprimido. 84. ed., escrito por Paulo Freire. São Paulo: Paz & Terra, 2019.
  • textos-base do livro Bionas para a formação de professores de biologia. 1. ed. Organizado por Danilo Seithi Kato. São Paulo: Livraria da Física, 2020.

Desenvolvimento

O trabalho de pesquisa e redação inicial dos perfis dos cientistas nordestinos consumiu cerca de três semanas. As fontes de informação foram sites da web acessados pelos estudantes nos próprios celulares e notebooks da escola, em pesquisas individuais e em grupo. Nas duas semanas seguintes, os estudantes desenvolveram as narrativas a partir do próprio território, de cultura nordestina muito viva, considerando aspectos bioculturais de forte impacto na construção cultural do Rio de Janeiro e, em especial, do bairro de São Cristóvão. Ficou evidente para cada estudante a importância da cultura na própria formação e na formação de cada cientista retratado, cujo foco é a biodiversidade.

Cada narrativa foi desenvolvida de acordo com o tipo de escolha de cada grupo, ou de cada estudante individualmente, através de textos, histórias em quadrinhos ou livretos de literatura de cordel. Os produtos finais ora foram fotografados, transformados em vídeo ou convertidos para arquivo pdf.

É importante frisar que os textos dos(as) estudantes estão em fase de construção, sujeitos, portanto, a constantes supervisão e revisão do professor.

Produto Final
Material em PDF e vídeo no Tik Tok.
Objetivos das Orientações Curriculares da EJA
Estabelecer as diferenças, conexões e diálogos entre o conhecimento científico e o conhecimento popular.
Sensibilização/Contextualização para o tema

Como professor sensível à diversidade cultural, que respeita diferenças e que procura propor reflexões e debates sobre aspectos das desigualdades do país, procuro rotineiramente desenvolver práticas que objetivem combater as injustiças provenientes da desigualdade social através do diálogo biocultural, que privilegia desenvolver o ensino de Ciências conforme os anseios de nossa biodiversidade. Como pesquisador, também integro o grupo de pesquisa e extensão Caravana da Diversidade como parceiro de elaboração de bionarrativas sociais, as bionas.

As bionas defendem o ensino de Ciências sob a ótica biocultural da comunidade escolar. O projeto é inicial e pode ser desenvolvido em qualquer etapa do ensino. Durante a sua implementação, pude observar que muitos estudantes ou têm origem nordestina, ou têm parentes nordestinos, ou convivem intensamente com pessoas originárias do Nordeste brasileiro no bairro onde se situa a escola. A unidade fica em frente à tradicional Feira de São Cristóvão.

Em tempos de ataques e manifestações de preconceito e desrespeito à cultura nordestina e a sua linda e rica diversidade, considero importante e urgente o desenvolvimento de projetos educativos que ampliem o diálogo e debates que considerem a identidade cultural e a riqueza biológica de uma região brasileira cuja biodiversidade compõe a identidade do contexto sociocultural do território – algo proporcionado por aulas de Ciências que possam conectar conhecimentos científicos a conhecimentos tradicionais, num enfoque intercultural.

Pude observar também o interesse, a intensa participação e a exemplar dedicação dos estudantes desde a pesquisa inicial até à elaboração das bionarrativas, o que nos possibilitou refletir e dialogar sobre a importância das pesquisas científicas e das próprias pesquisas que realizamos, num intenso e rico debate.

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E aí, professor(a)?

Gostou dessa ação, tem alguma sugestão ou quer tirar alguma dúvida com este(a) professor(a)? Mande uma mensagem para ele(a) aqui. As Cartografias também consistem neste espaço de trocas e compartilhamentos do que se produz na Rede Municipal de Educação carioca.