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Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
Afrobetário em LIBRAS
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Professora Maria de Cerqueira E Silva - 4ª CRE
Rua Leopoldo Bulhões 800 - Benfica
UNIDADE ESCOLAR VOCACIONADA
Unidade não vocacionada
AUTOR(ES)
Nayara Batista da Cruz
Nayara Batista da Cruz é mestra em Letras/Literatura Brasileira (UERJ) e especialista em Educação das Relações Étnico-Raciais no Ensino Básico (PROPGPEC/Cp II). Também é bacharela e licenciada em Letras - Português e Espanhol (UERJ) e possui Formação de Professores/Nível Médio pelo Instituto de Educação Carmela Dutra. Atualmente, é Professora do Ensino Fundamental - Anos Iniciais da SME/Rio com experiência em alfabetização e práticas antirracistas. Email para contato: nayara.lepel@gmail.com.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
PEF - Anos Iniciais/Regente do 3° ano em 2023
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
3º ano
HABILIDADES
3º ano - História - Reconhecer situações cotidianas, em seus grupos sociais, capazes de proporcionar mudanças, pertencimento e memórias.
3º ano - Língua Portuguesa - Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Agosto/2023 até Agosto/2023
Objetivo(s), em consonância com as Diretrizes Curriculares para as Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira, africana e indígena
Língua Portuguesa e História - O principal objetivo do "Afrobetário em LIBRAS" é construir, de forma dialógica, democrática e interdisciplinar, um recurso didático-pedagógico que reconheça e valorize as diferenças. A ideia central é que o "Afrobetário" privilegie o protagonismo dos estudantes, além de colocar em pauta questões como gênero, infância, contexto sócio-histórico local, a inclusão de pessoas com deficiências, práticas sociais de leitura e escrita e sobretudo práticas antirracista e de letramento racial. Dessa maneira, o trabalho desenvolvido não só permitiu recuperar temáticas relacionadas ao ensino de História e Cultura afro-brasileira e africana já abordadas em momentos anteriores, como também apresentar e ampliar o repertório dos alunos a respeito de novos elementos associadas à ERER.
O "Afrobetário em LIBRAS" foi desenvolvido no 3º ano de escolaridade do Anos Iniciais com a turma 1.304, que é resultado do reagrupamento feito com as crianças do 2º ano de 2022. Por essa razão, esse grupo reúne as crianças do 3º ano que estavam em defasagem no processo de alfabetização. É nesse contexto que a elaboração de um alfabetário se estabeleceu como recurso didático-pedagógico de desenvolvimento e apoio para as crianças. Ademais, orientada por princípios antirracistas e em consonância com o PPP da Unidade Escolar, localizada no Complexo de Manguinhos, a prática aborda tanto a questão negra quanto a questão indígena, e destacando também a pauta da diferença na escola em outros aspectos: a construção de um alfabetário em LIBRAS que valorizasse a nossa diversidade de cores de pele. Em diálogo com isso, o protagonismo foi ponto chave na elaboração do trabalho, uma vez que foram utilizadas também fotografias dos estudantes. Confeccionado no Canva, as crianças precisavam identificar as letras do "Afrobetário", relacionando imagens e a escrita de palavras. Para isso, foram feitas a reprodução do alfabeto de sinais pelos alunos em fotografias editadas no referido site, corte e colagem de figuras e, em seguida, as crianças faziam a escrita das palavras, destacando sua primeira letra. Durante a confecção, foram resgatados alguns conhecimentos construídos ao longo do ano e ampliados novos conhecimentos. A escrita espontânea foi respeitada nesse processo.
Desde a fase de fotografia das crianças e dos sinais por elas reproduzidos até a confecção do alfabetário, houve grande adesão das crianças. Isso porque elas não só perceberam seu protagonismo, como também precisaram relacionar um conhecimento já adquirido com um novo que estava sendo elaborado, nesse caso, o alfabeto em Língua Portuguesa com o de sinais. Com isso, um dos principais resultados foi a reflexão sobre a existência de alfabetos de sinais construídos apenas com mãos de pessoas brancas. Outra alcance da prática foi o forte engajamento dos estudantes, já que eles se depararam também com alguns elementos das culturas negra e indígenas - muitos deles pertencentes a sua cultura local - já abordados ao longo do ano. Essa foi uma ótima oportunidade para introduzir também outros elementos ainda desconhecidos, mobilizando eles para a pesquisa. Na etapa de produção escrita, foi possível observar como as crianças refletiam sobre sua escrita, destacando o potencial de apoio do material.
Referências Bibliográficas

ABREU, Martha. SOIHET, Rachel org.) Ensino de História - conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.

BRASIL. Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira. Brasília, 2004. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/informacao-da-publicacao/-/asset_publisher/6JYIsGMAMkW1/document/id/488171. Acesso em: 03 out 2023.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Parecer do Conselho Nacional de Educação - Câmara Plena (CNE/CP) nº 14, de 11 de novembro de 2015. Institui as Diretrizes Operacionais para a implementação da história e das culturas dos povos indígenas na Educação Básica, em decorrência da Lei nº 11.645/2008. Disponível em: https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/pdf/CNE_PAR_CNECEBN142015.pdf. Acesso em: 03 out 2023.

CARVALHO, Rosita Edler. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva. 5ª ed. Porto alegre: Mediação, 2006.

HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.

RIO DE JANEIRO. Priorização Curricular 2022. Rioeduca, 2022. Disponível em: . Acesso em 03 out 2023.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.

SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. São Paulo: Cortez, 2018.

Registros
IMAGENS
Afrobetário em LIBRAS
Confecção do Afrobetário
Exemplo 1 - Letra C
Exemplo 2 - Letra J
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