Engenho1 t
Ruínas da casa-grande do Engenho Suassuna, na cidade de Jaboatão, vizinha do Recife. Era nela que os conspiradores costumavam se reunir. Foto: Blog Inventário Suassuna. Uso amparado pela Lei 9610/98

Todos os movimentos de conjuração refletiram a insatisfação e a inquietação que atingia a colônia. No entanto, naquele momento, apresentavam-se como manifestações regionais. Não havia o sentimento de libertar o Brasil, apenas o desejo de libertar a região. A dificuldade dos meios de transporte, ocasionando a formação de núcleos isolados, que mal se comunicavam, e o analfabetismo faziam com que o acesso às ideias liberais francesas fosse privilégio de muito poucos.

As "infames ideias francesas" alcançaram também a capitania de Pernambuco. Em 1798, o padre Arruda Câmara fundou uma sociedade secreta chamada Areópago de Itambé, provavelmente ligada à maçonaria, que "tinha por fim tornar conhecido o Estado Geral da Europa, os estremecimentos dos governos absolutos, sob o influxo das ideias democráticas".

Em 1801, influenciados pelos ideais republicanos, os "irmãos Suassuna" – Francisco de Paula, Luís Francisco e José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque –, proprietários do Engenho Suassuna, lideraram uma conspiração que se propunha a elaborar um projeto de independência de Pernambuco. Os conspiradores foram denunciados e presos e, mais tarde, libertados por falta de provas.