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Mapa de 1886 da província de São Paulo, organizado pela Sociedade Promotora da Imigração. Em verde, as áreas despovoadas para onde se expandiu a produção cafeeira. Domínio público

A extinção do tráfico negreiro coincidiria com a alta do preço do café nos mercados externos. Deficitário durante o período que vai de 1840 a 1844, o comércio desse produto ganharia outro impulso a partir de 1845.

Em torno de 1850, no Vale do Paraíba, a economia cafeeira encontrara um destino lucrativo. Em trajetória ascendente, o café alcançara o auge. Sobressaíam-se as cidades de Cantagalo e Vassouras, esta considerada a capital do café na parte fluminense do Vale. Na região paulista destacavam-se Areias e Bananal, e na chamada Zona da Mata Mineira, Cataguases, Juiz de Fora, Leopoldina, Carangola e Muriaé.

Entretanto, a economia cafeeira da região do Vale do Paraíba – controlada pelos históricos "barões do café" e que chegara a deter 78% da produção nacional – entra em declínio a partir das duas décadas finais do século XIX. Terras esgotadas, erodidas, a escassez de mão de obra escrava, a dificuldade na incorporação de novas áreas, entre outras razões, explicam tal declínio.

Se por um lado isso ocorria naquela região, por outro, o café entrava em expansão em uma nova área chamada de Oeste Paulista. Localizada no interior de São Paulo, abrangia a área de Campinas a Rio Claro, São Carlos, Araraquara, Catanduva. Alcançava, também, a região de Campinas para Piraçununga, Casa Branca e Ribeirão Preto, onde os fazendeiros substituíam as lavouras de cana-de-açúcar, em queda de preço, pelo café em expressiva ascensão.