A sede do Reino se instala no Rio de Janeiro. A partir daí, a fisionomia da cidade passou por dezenas de transformações.

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A Liberdade Guiando o Povo. Óleo sobre tela de 1830 (Crédito: Eugène Delacroix/Museu do Louvre)

Nos derradeiros anos do século XVIII, o mundo ocidental passou por transformações importantes. Um conjunto de ideais liberais de igualdade, de liberdade, de fraternidade e de felicidade, oriundos da França, percorreram terras, atravessaram águas, alcançaram outras regiões e as pessoas que nelas habitavam.

Fatos históricos como a Revolução Industrial Inglesa, a Independência dos Estados Unidos da América e a Revolução Francesa apontaram para o alvorecer de novos tempos. Pensadores e estudiosos passaram a propor outras maneiras de olhar o mundo. Segundo o historiador Ilmar Rohloff de Mattos, “a concepção de uma sociedade estática e estratificada na qual o homem já encontrava o seu destino traçado ia sendo transformada. O homem passa a ser construtor de seu tempo, de sua história”.

Nessa era de mudanças (começo do século XIX) – nem sempre apenas no plano das ideias –, tropas marcharam em direção aos campos de batalha. A onda napoleônica assolou a Europa. Tais contecimentos, que atingiram Portugal e a sua possessão americana, resultaram na vinda da famíla real portuguesa para o Brasil, em 1808. A sede do Reino se instalou no Rio de Janeiro. A partir daí, a fisionomia da cidade passou por dezenas de transformações.

Em 1821, após a derrota definitiva de Napoleão Bonaparte (1769-1821), ocorrida em 1814, com a Europa vivenciando outro momento, D. João VI (1767-1826), pressionado pela chamada Revolução do Porto de 1820, retornou a Portugal. O Rio de Janeiro, então, tranformou-se em uma cidade sem rei. Mas não por longo prazo. Cada história a seu tempo tem o seu tempo.