Pratica-se luta olímpica desde cerca de 3000 a.C. Os gregos a consideravam uma ciência e era o treinamento mais importante entre os jovens. Eles lutavam nus, com seus corpos banhados em azeite e uma fina camada de areia para proteger do calor ou do frio. Saía vencedor quem primeiro fizesse o adversário cair.

Atualmente, existem dois estilos de luta olímpica: o greco-romano e o livre. Com exceção dos Jogos Olímpicos de Paris (1900), o esporte, no estilo greco-romano, esteve presente em todas as outras edições. Já o estilo livre entrou na competição em 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos.

Os dois estilos têm o mesmo objetivo: imobilizar o adversário de costas no chão. A diferença é que, no greco-romano, só é permitido usar os braços e o tronco para atacar e imobilizar o adversário, enquanto o estilo livre autoriza o uso das pernas. Em ambos são proibidos ataques desleais como estrangulamentos, dedo no olho do rival e puxões de cabelo.

A área de combate é um círculo de nove metros de diâmetro, em tapete sintético. As lutas são disputadas em dois rounds, com três minutos cada. Caso não haja imobilização de costas no solo, a decisão se dá por pontos, de acordo com as punições e avaliações dos golpes aplicados.

Particularidades do estilo greco-romano

A luta greco-romana se consolidou modernamente por volta de 1830, na França, como uma técnica de combate desenvolvida pelo exército de Napoleão.

Nos Jogos, as categorias são divididas por peso: até 55kg é a mais leve e até 120kg, a mais pesada. Mulheres não disputam essa modalidade esportiva.

A disputa é no sistema de eliminatória simples. Os dois vencedores de cada lado da chave se enfrentam pela medalha de ouro. Todos os lutadores que perderem para um dos finalistas, em qualquer fase do torneio, formam dois grupos de repescagem, e os vencedores destas disputas levam o bronze.

Particularidades do estilo livre

O estilo livre surgiu no século XIX como forma de entretenimento. Os combates eram atrações em feiras e festivais nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Neles, é permitido usar as pernas e segurar o oponente abaixo da cintura. As mulheres começaram a competir na modalidade em 2004, em Atenas, em quatro categorias: até 48kg, até 55kg, até 63kg e até 72kg. Nas disputas masculinas, são sete categorias, que vão do menor peso, 55kg, até 120kg.

Cada luta é disputada em melhor de dois rounds, de três minutos cada. Se não houver imobilização de costas no solo, os juízes decidem quem é o vencedor por meio de pontos.

A disputa dos eventos da luta estilo livre é no sistema de eliminatória simples. Os dois vencedores de cada lado da chave se enfrentam pelo ouro. Dois grupos de repescagem são formados por todos os lutadores que perderem para os finalistas em qualquer fase do torneio, e o ganhador de cada uma destas chaves conquista uma medalha de bronze.

Taekwondo

Arte marcial nascida na Coreia, taekwondo quer dizer “caminho das mãos e dos pés”. Foi disputado como esporte de exibição nos Jogos de Seul (1988) e de Barcelona (1992). Começou a valer em Sydney (2000).

As lutas acontecem em um tatame sintético, em combates com três rounds de dois minutos cada, com um minuto de descanso entre eles. Os atletas usam uniforme branco, protetores de cabeça e de tronco. Os protetores de tronco devem ser, necessariamente, um vermelho e o outro azul – um para cada competidor.

No taekwondo, o objetivo é acertar determinadas áreas do corpo do adversário com chutes e socos. Um golpe certeiro no protetor de tronco garante um ponto, e um chute circular no mesmo local, dois. Um chute na cabeça dá três pontos, e um chute circular no mesmo local é a pontuação máxima, quatro. Infrações como usar o joelho, bater abaixo da cintura e acertar o adversário no chão podem sofrer penalizações.

Um atleta pode vencer de três modos: nocauteando o oponente, somando o maior número de pontos ou pela desclassificação do adversário.

As disputas nas oito categorias de peso (quatro para homens e quatro para mulheres) são feitas em chaves de eliminação direta. Os vencedores de cada chave disputam a medalha de ouro. Todos os participantes que perdem para um dos finalistas, em qualquer fase da competição, entram na repescagem. Os dois perdedores das semifinais enfrentam os ganhadores das duas chaves da repescagem pelas duas medalhas de bronze.

O Brasil tem uma medalha no taekwondo: Natália Falavigna conquistou o bronze em Pequim (2008).