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Seminário busca mobilizar servidores no combate às arboviroses
19 Fevereiro 2018 | Por Larissa Altoé
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O seminário sobre o segundo ano da campanha Aqui Mosquito Não Se Cria reunirá profissionais das secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social para conhecer de perto o projeto da Fiocruz que combate os vírus da dengue, zika e chikungunya no próprio organismo do mosquito transmissor, reduzindo a incidência dessas doenças na população. O encontro acontecerá na manhã de 21 de fevereiro, no Centro de Convenções Sul América, na Cidade Nova.

Haverá palestra sobre febre amarela e arboviroses, ministrada por um especialista da Secretaria Municipal de Saúde. Logo após, a equipe da Fundação Oswaldo Cruz, responsável pelo projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil mostrará o que vem sendo feito.

A Fiocruz trabalha desde 2012 em conjunto com instituições internacionais no combate às doenças transmitidas por mosquitos. O método que está sendo implementado atualmente reduz a transmissão dos vírus da dengue, zika e chicungunya por meio da liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia. Essa bactéria não oferece risco ao homem, pois já existe na natureza em muitos outros insetos, inclusive o pernilongo.

Os cientistas retiraram a Wolbachia de moscas-da-fruta e a inocularam em ovos de Aedes aegypti para que os mosquitos nascessem com a bactéria no seu organismo de forma intracelular (dentro das células). Foi descoberto que os vírus de diversas arboviroses não se desenvolvem bem na presença da Wolbachia. Desse modo, os vírus não conseguem se multiplicar em número suficiente dentro do mosquito para que ele transmita doenças para as pessoas. Este método inovador de combate às doenças consiste em liberar mosquitos com Wolbachia em uma área por um determinado tempo, provocando uma gradual substituição dos mosquitos locais pelos inoculados com a bactéria. Essa substituição ocorre por meio do cruzamento entre os insetos, com a transmissão da bactéria pela fêmea aos seus descendentes. Assim, a estratégia torna-se autossustentável, já que a bactéria vai se perpetuar nas gerações futuras.

Em 2014, a Fiocruz, em conjunto com as comunidades locais, liberou mosquitos com Wolbachia em dois bairros-piloto: Tubiacanga, na Ilha do Governador, e Jurujuba, em Niterói. Em 2017, o projeto se estendeu pelo município de Niterói e por outros dez bairros da Ilha do Governador. O objetivo agora é estendê-lo, em 2018, para as outras regiões do município do Rio.

Para que o programa ganhe maior escala e seja capaz de proteger até 2,5 milhões de cariocas, o seminário reunirá especialistas e servidores públicos municipais no intuito de trazer informação e tirar dúvidas dos profissionais que trabalharão na ampliação do projeto via Rede Municipal de Ensino. O público-alvo do seminário são os coordenadores das CREs, os diretores de escola, os professores de Ciências da Rede, representantes do Programa Saúde na Escola e dos Núcleos de Saúde na Escola e na Creche (NSEC), além de funcionários da Subsecretaria de Ensino.

O projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

 
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