Os Conselhos Escola-Comunidade (CECs) das 1.537 unidades do município, eleitos para o triênio 2018-2020, tomam posse entre 12 e 16 de março, período que o secretário de Educação, César Benjamin, classifica como “talvez, a mais importante semana do calendário da Rede, deste ano”. Isso porque, com a nomeação dos CECs – instâncias fundamentais à administração democrática –, as escolas poderão iniciar o processo de autoavaliação, que deverá ser concluído até 27 de abril. Conforme as novas diretrizes da SME, só a partir de então, cada diretor eleito vai construir o seu plano de gestão.
“A experiência de autoavaliação é inédita na Rede. E isso será feito não apenas pelas escolas, mas também pelas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) e pela administração central. Se der certo, daremos um grande passo na melhoria da qualidade do ensino e na construção de uma SME cada vez mais democrática”, analisa o secretário, que tem ido às cerimônias de posse solene dos CECs, realizadas por cada CRE, a fim de reforçar a importância das comunidades no processo de administração das unidades escolares. “É fundamental entender que a Educação não é um problema exclusivo da escola, mas também da sociedade. E a participação da comunidade é mobilizadora e decisiva”, afirma.
Diretrizes
As diretrizes da SME para o processo de autoavaliação incluem eixos de debate, que devem ser discutidos com os diversos atores que compõem os CECs: alunos, professores, funcionários, responsáveis e associações de moradores. Os assuntos a serem abordados são a alfabetização dos alunos, o desempenho escolar, a assiduidade, o respeito à diversidade, a defasagem entre idade e ano de escolaridade, o protagonismo infantojuvenil, o ambiente interno, os relacionamentos dentro da escola, a relação com os responsáveis e a participação da comunidade.
Segundo equipe das SME, os gestores têm autonomia em relação à forma como vão conduzir o processo de autoavaliação, desde que todos os segmentos da comunidade escolar sejam ouvidos e participem do diagnóstico. Sugere, contudo, a utilização de ferramentas como questionários e reuniões, além da elaboração de um mapa de empatia que permita verificar a percepção que os diversos atores têm sobre a escola. “É muito importante que os diretores liderem esse processo e consigam detectar o que está fazendo bem e o que está fazendo mal à escola”, disse César Benjamin, durante a solenidade de posse dos CECs da 3ª CRE.