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Seminário discute música para crianças no Brasil
23 Novembro 2018 | Por Fernanda de Melo
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Pedro Mendonça, Ozias Soares, Eulícia Esteves, Daniel Sant´Anna e Izabela Pucu (Foto: Alberto Jacob Filho)

O Centro da Música da Fundação Nacional de Artes (Funarte), ligado ao Ministério da Cultura, realizou nos dias 13 e 14 de novembro, o Seminário Funarte Música Brasileira Infantil, no Museu de Arte do Rio (MAR). Por meio de rodas de conversa e vivências ministradas por profissionais da área, o evento teve como objetivo discutir as várias possibilidades de mobilização da linguagem musical nos espaços, meios e processos de educação formal e não formal em todo o país. A MultiRio esteve presente, apresentando a web rádio Ciranda de Criança.

No primeiro dia, o debate foi sobre a música para crianças nas políticas de Educação e de Cultura. Participaram da mesa, mediada por Eulícia Esteves, da Funarte, Ozias Soares, pesquisador na área de museus e educação, atualmente atuando no Museu da Vida – Fiocruz; Izabela Pucu, coordenadora de Educação do MAR; Pedro Mendonça, professor de Música do Colégio Pedro II – Campus Tijuca; e Daniel Sant’Anna, coordenador da web rádio Ciranda de Criança.

Os convidados começaram ponderando sobre o título inicial do evento e sugerindo nomenclaturas consideradas mais apropriadas, como o uso de música “para a infância” ou “para crianças” em vez de “infantil”; e “no Brasil”, em vez de “brasileira”. “Esta é uma iniciativa pioneira na Funarte. Em nossas pesquisas, notamos que há pouca coisa sobre música para crianças tanto nas políticas públicas, quanto na prática, inclusive na própria Funarte”, pontuou Eulícia.

“É preciso instituir projetos feitos em sala de aula, por educadores, como políticas públicas. É importante que cada um contribua e que possamos valorizar o espaço da escola”, opinou Izabela Pucu, do MAR, que recebe, em média, a visita de 20 mil estudantes por ano.

Contando sobre sua experiência no Colégio Pedro II, e também dos tempos em que lecionou na Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro, Pedro Mendonça reforçou a importância do protagonismo das crianças na definição dos repertórios apresentados em sala de aula. “Temos muitas colocações absolutas, muitas práticas que assumem o ponto de vista de um adulto, mas e se perguntarmos para o aluno do que eles gostam? Se não abrimos o diálogo sobre o que a criança traz, deixamos de aproveitar muita coisa.”

Fechando a mesa, Daniel Sant’Anna, da MultiRio, falou sobre a concepção e a programação da web rádio Ciranda de Criança. “Caique Botkay foi quem lançou o desafio de criarmos uma rádio só para crianças pequenas, de 0 a 10 anos. Em nossas pesquisas, encontramos pouquíssimas propostas como essa pelo mundo, a exemplo de uma desenvolvida na Espanha”, explicou Daniel.

Na Ciranda de Criança, disponibilizada no Portal MultiRio, faixas temáticas trazem canções sobre cores, higiene e números, cantigas de roda, entre outros, das 6h às 23h, proporcionando diversão às crianças e material de apoio aos docentes da Educação Infantil. Após esse horário, são veiculadas músicas “para adultos”, explorando-se diferentes ritmos.

“Queremos ser um ponto de encontro entre compositores, escritores de livros infantis; oferecer um espaço para que apresentem seus trabalhos e, quem sabe, contem a história de seus livros em formato de áudio”, disse Daniel Sant’Anna.

No segundo dia de evento, algumas experiências e práticas musicais com o público infantil foram comentadas por realizadores dos projetos Palavra Cantada, Barbatuques, Pé de Sonho, Farra dos Brinquedos e da compositora Isadora Canto. No período da tarde, André Hosoi e Maurício Mass, do grupo Barbatuques, conduziram uma vivência musical que explorou sons emitidos com o corpo.

“Muitas vezes nos esquecemos de recursos que já estão conosco ao dar nossas aulas, como o som corporal. Que essa atividade seja um começo para pensarmos desde jogos coletivos até composições. Poder experimentar com as crianças é muito legal; sobretudo explorar exercícios que promovam a escuta, musical ou não”, sugeriu André Hosoi.

 
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