EAD como alternativa para ampliar o acesso ao ensino

Para uma livre sociedade, justa e solidária, conforme fixado no Art. 3º da Constituição Federal, um dos pontos fundamentais é a educação. Sem ela, pouco se fará para resolver as desigualdades sociais que ainda afligem o país. Porém, para tentar contribuir com a busca por soluções, há uma modalidade de ensino que conquista cada vez mais espaço no Brasil: a educação a distância (EAD). Sistema multimídia de comunicação bidirecional, a EAD não pode ser vista como substituta da educação convencional (ou presencial), mas sim como alternativa.

Por meio da EAD, muitos dos que hoje estão à margem do processo formal de educação poderão ter acesso ao conhecimento produzido nas instituições de ensino e pesquisa. Isto contribuirá em larga escala para a formação, reciclagem e aperfeiçoamento profissional de uma parcela considerável da população. Segundo pesquisadores, a educação a distância ajudará a promover a inclusão social, obtendo como resultado a ampliação do acesso à educação.

A educação a distância leva em conta aspectos inerentes à evolução tecnológica, uma das características marcantes da sociedade do conhecimento, e tem como alicerce os pilares das tecnologias da informação e comunicação (TICs). Regulamentada por uma legislação específica, a EAD pode ser implantada na educação básica, na profissional-técnica de nível médio, bem como no ensino superior. 

Breve histórico – Alguns pesquisadores apontam a origem da EAD na troca de mensagens entre os primeiros cristãos para difundir “a palavra de Deus”, especialmente nas várias epístolas escritas pelo apóstolo Paulo, cultivando um gênero de cartas instrutivas. Porém foi na Grécia, por meio de cartas e de uma rede de comunicação que se estendia desde Atenas a todo o mundo antigo, que surgiu a segunda raiz do ensino por correspondência.

Do século V a.C. até o século XV, os documentos escritos eram caros e raros, pois eram copiados manualmente por escribas e copistas. A partir de 1450, com o desenvolvimento da imprensa (inventada pelo alemão Johannes Gutenberg, em 1438), a chamada explosão tipográfica, juntamente com a instalação dos correios, passa a constituir a infraestrutura que faltava para o desenvolvimento em escala ampliada da educação a distância. Mas o marco histórico da EAD ocorre em 1728, quando a Gazeta de Boston, em sua edição de 20 de março, publica um anúncio que oferece aos leitores material para ensino e tutoria por correspondência.

Para estimular a reflexão sobre a educação a distância, o Portal da MultiRio apresenta uma série especial de reportagens sobre o tema. Professores da rede municipal de ensino que investiram nessa modalidade de ensino e especialistas falam a respeito da experiência de cada um, relatando também as vantagens e as dificuldades encontradas pelo caminho.

A visão do Ministério da Educação (MEC) sobre a modalidade também é apresentada, juntamente com a função social da EAD como ponte para o ingresso dos excluídos na sociedade do conhecimento. Como complemento, há um breve histórico da EAD no Brasil a partir de uma linha do tempo sobre o processo e a implantação do ensino a distância no país.