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Inscrições abertas para o 45° Concurso Internacional de Redação de Cartas
09 Março 2016 | Por Beatriz Calado*
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cartas1Até 17 de março, estão abertas as inscrições para o 45° Concurso Internacional de Redação de Cartas da União Postal Universal. Estudantes de escolas públicas e particulares de todo o Brasil podem se inscrever para a etapa nacional, realizada pelos Correios. A carta deve ser inédita, escrita de forma argumentativa e em português. O aluno deverá fazer, de próprio punho, uma redação com, no máximo, 900 palavras sobre o tema: “Escreva uma carta para você mesmo aos 45 anos”.

O concurso, criado em 1972, tem como objetivo melhorar a alfabetização escolar por meio da escrita de cartas. A idade limite para participar é de 15 anos, completados até 30 de abril de 2016.

As inscrições são feitas pela escola, que seleciona até dois textos para concorrerem na etapa estadual. A carta vencedora da competição entre os estados passa para a fase nacional, na qual apenas uma redação é selecionada. O melhor texto do Brasil representa o país na fase internacional, em Berna, na Suíça. As escolas podem consultar o regulamento e a ficha de inscrição no site dos Correios.

Premiação

Os prêmios variam de acordo com a posição do candidato no ranking final do concurso. Os três primeiros lugares internacionais são agraciados com uma medalha (ouro, prata e bronze) e o vencedor pode, ainda, ter outro prêmio, a ser definido pela União Postal Universal. Na etapa nacional, o aluno que escrever a melhor redação recebe o valor de R$ 5 mil, certificado, troféu e uma viagem a Brasília, para participar da cerimônia de premiação. A escola onde o aluno estuda ganha as mesmas bonificações, mas o valor em dinheiro é de R$ 10 mil.

O primeiro lugar na fase estadual também é recompensado. O escritor da carta recebe um certificado, além de R$ 1 mil, e sua escola, o dobro do valor em dinheiro e o certificado.

O Brasil participou de todas as edições e é o segundo país com maior número de medalhas – três de ouro, duas de prata e duas de bronze. A China ocupa a primeira posição no ranking, com cinco medalhas de ouro.

Modelo de carta

Não existe um padrão para a carta a ser enviada, mas, para quem desejar, há um modelo disponível no site do concurso. As redações da fase nacional são julgadas por uma comissão formada pelos Correios, representantes da Unesco e dos ministérios das Comunicações, da Educação e do Meio Ambiente. O resultado estadual será divulgado no dia 8 de abril e o nacional, em 22 de abril. No dia 30 do mesmo mês será realizada a inscrição da carta vencedora na fase internacional.

Cartas vencedoras

Em 2015, o tema da carta foi o mundo em que os alunos queriam viver quando fossem adultos. O vencedor da etapa nacional foi Leonardo Silva Brito, da cidade de Presidente Médici, em Rondônia, que escreveu para seu mentor fictício contando sobre o trabalho voluntário que realizava na África Subsaariana. Segundo ele, doar-se para alguma causa era uma das maneiras de tornar o mundo melhor. A seguir, um trecho da carta:

“Sabe, mentor, além do que eu imaginava, o trabalho voluntário não é apenas uma atividade de doação, engajamento e superação, mas também uma experiência de autoconhecimento, onde aprendemos com nossos próprios atos e descobrimos que a única coisa realmente importante ao ajudar outra pessoa é o tempo e o amor que você pode investir”.

O segundo lugar nacional ficou com Beatriz Cunha Freire, de Natal, no Rio Grande do Norte. Sua carta tinha como destinatário o “Senhor Futuro”, idealizando como seria a sociedade alguns anos depois.

Nesse meu mundo inventado, todos têm acesso igual à educação e à saúde de qualidade. Não há abismo social. O respeito ao próximo e a tolerância são atos naturais. A preservação do meio ambiente é algo lógico e inevitável, incrustado na mente dos cidadãos”, escreveu a jovem em sua redação.

A cidade do Rio de Janeiro ficou na terceira posição com a carta de Lucas Pereira Calmon, endereçada à paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2014. Para ele, era preciso diminuir as desigualdades sociais, repensar a lógica do consumo, ter mais respeito ao meio ambiente e aprender a conviver com as diferenças. Mas, para que tudo pudesse funcionar como em seus sonhos, o jovem destacou a necessidade de ter disposição para mudar o comportamento atual:

“Em primeiro lugar, este ‘novo mundo’ tem que partir do desejo de mudar. Não devemos construí-lo com base em verdades absolutas ou realidades absolutas. Nele haveria uma liberdade verdadeira, que aceitaria todos da maneira como nasceram e do jeito que escolheram ser”.


* Beatriz Calado, estagiária, com supervisão de Regina Protásio.

 
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