ELISA BASTOS AGUERO GUIMARAES
Professora de educação infantil, P2 atuante nos anos iniciais, trajetória na rede como regente desde o berçário até o 4º ano do ensino fundamental, em gestão - por 5 anos como coordenadora pedagógica e mais 5 como diretora adjunta em creche e atualmente em escola de turno único com turmas do fundamental 1 e 2, mais classes DI.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Diretora Adjunta
Desenvolver as habilidades e potencialidades dos alunos, através da participação ativa nas rotinas diárias com compromisso, reflexão e ação;
Estimular o exercício da comunicação amigável através da escuta ativa e debates orientados na resolução de problemas;
Dar às crianças poderes de decisão e veto sobre questões de seu interesse;
Implementar momentos regulares de encontros juvenis para reflexões sobre o espaço escolar e seus atores;
Esclarecer as representatividades da escola sobre questões burocráticas e logísticas, fazendo circular conhecimento e informação;
Transformar as representatividades em células de multiplicação de ações positivas na unidade escolar.
A prática - Liderança Juvenil Rotary - se iniciou como uma proposta inicial de escuta ativa dos alunos em formato de Fóruns de debate sobre as violências observadas no espaço escolar. A partir de uma participação crescente nos fóruns a ideia evoluiu para a organização das lideranças já existentes na unidade - alunos representantes de turma, Grêmio Estudantil e CEC segmento aluno - grupos sem consciência de seu valor e potencial.
Na intenção de planejar e organizar os Jogos Inclusivos da escola, passamos a realizar reuniões com periodicidade quinzenal; dos encontros multiplicaram-se momentos de protagonismo do alunado que orientado por seus representantes idealizam, organizam e auxiliam eventos da escola como festas, exposições, espaços de comunicação, etc.
Com a regularidade dos momentos de comunicação produtiva as representatividades perceberam sua equivalência acima das nomenclaturas, declarando-se equivalentes no processo de atuação no espaço escolar.
A partir de então temas como a depredação de bens públicos e o vandalismo passaram a ser preocupação do grupo, que busca informações e esclarece pequenos grupos sobre uso de verbas, desgaste e manutenção de espaços e objetos.
A relação entre tempos ociosos, restrição do uso do celular e necessidade de outros atrativos para os alunos, fez nascer junto da gestão escolar a ideia da transformação de um dos espaços em Sala de Jogos e Grêmio Estudantil cuja reforma, organização e regras de uso estão em pleno desenvolvimento pelos representantes das lideranças envolvidas.
No decorrer de um semestre de trabalho já se observa de pronto, nos alunos diretamente envolvidos, um maior senso de responsabilidade com as próprias ações, palavras e um cuidado real das relações com colegas e profissionais; o exercício da empatia sobre o trabalho, o espaço e as pessoas é visível; seu senso de iniciativa já se torna evidente em várias situações e o prazer em perceber as conquistas do próprio trabalho os impulsiona a buscarem sempre novas formas de atuar.
Pequenos grupos se formam como coadjuvantes dos alunos representantes - auxiliando em pequenas tarefas cotidianas, propondo-se a auxiliar em eventos ou apenas reproduzindo boas práticas.
Profissionais multiplicam relatos de observação de atitudes positivas envolvendo situações antes problemáticas.
Alunos não legitimados como representatividades buscam informações sobre como podem, o que é necessário e quando podem se tornar uma representatividade da escola.