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E.M. Ary Barroso quer manter a excelência com autoavaliação
23 Maio 2018 | Por Ivan Kasahara
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A E.M. Ary Barroso (4ª CRE), em Brás de Pina, organizou, em 9 de maio, seu Centro de Estudos dedicado à autoavaliação das unidades escolares, processo promovido pela Secretaria Municipal de Educação. Professores, alunos e os membros do Conselho Escola Comunidade (CEC) estiveram reunidos para refletir sobre a comunidade escolar e definir os conceitos da unidade nos tópicos sugeridos no kit elaborado pela SME.

O resultado final, obtido após cerca de duas horas de debates nos quais os presentes foram divididos em três subgrupos, pode surpreender quem não conhece o trabalho realizado pela escola. Nos seis quesitos avaliados – aprendizagem; protagonismo infantojuvenil; inclusão e garantia de direitos; ambiência escolar; relacionamentos no ambiente escolar; e relação com Nível Central e CRE –, os integrantes da Ary Barroso optaram por Muito Bom (MB).

Com bons resultados no Ideb e no IDE-Rio e com a maioria dos alunos que se formam ali dando continuidade aos estudos em colégios federais, técnicos ou privados (com bolsas de estudo), seria natural a impressão de que teria faltado autocrítica ou humildade durante a avaliação da unidade, que oferece turmas do 6º ao 9º ano. Essa impressão, no entanto, é logo dissipada pelas declarações da diretora Rosane Ferreira. “Nós temos que melhorar em tudo, sempre. Os métodos que nos trouxeram até aqui podem não se enquadrar neste momento. São outras pessoas, outra comunidade, então temos que modificar a maneira de pensar e estar atentos para manter ou transformar os fatores que podem nos levar a melhorar”, explica.


Para a diretora Rosane Ferreira, a escola ainda tem o que melhorar.

Apesar de só ter assumido o cargo em 2018, Rosane está na equipe gestora há 16 anos, seja como coordenadora pedagógica, seja como diretora adjunta. A atual adjunta, Rosângela da Silva, foi diretora nas gestões anteriores e também esclarece que, na unidade, ninguém se deixa deslumbrar pelos resultados. “Dentro das possibilidades, estamos bem. Mas podemos melhorar muito”, afirma Rosângela, para quem o papel da Direção e dos funcionários é permitir que os professores consigam realizar o trabalho em sala de aula.

 

Exercício democrático

Uma das representantes do segmento dos responsáveis no CEC, Meiryelle Salvado matriculou sua filha este ano na escola. Ela conhecia o bom trabalho feito ali e acredita que a participação dos responsáveis, estimulada pela autoavaliação, permite ainda mais melhorias. “Devemos sempre dar sugestões de como melhorar. Segundo a própria diretora, nenhuma escola é perfeita. Tudo pode ser aprimorado para atender às necessidades dos alunos. E a educação que damos a nossos filhos em casa se reflete aqui, então precisamos ensinar a respeitar os outros, a não sujar, a não depredar. Também temos muita responsabilidade”, diz.


A responsável Meiryelle Salvado diz que deve haver transparência na relação escola-família.

As alunas Giulia Cardoso (9º ano) e Esther Marry Alves (7º ano) são outras a considerar a autoavaliação uma boa iniciativa. “A escola não é só da Direção, também é dos alunos. Temos que ouvir uns aos outros”, diz Esther.


Para Giulia Cardoso e Esther Marry Alves, é importante a escola ouvir os alunos.

Para o professor de Geografia Bruno Bottino, a autoavaliação é um exercício com o qual todos têm a ganhar. “Vivemos em uma sociedade teoricamente democrática e a escola deve ser o primeiro laboratório para que os alunos exercitem a democracia. Temos que dar uma base aqui para que eles a exerçam durante toda a vida. Na Ary Barroso nos preocupamos com uma gestão democrática, que tenha a participação de alunos, professores e responsáveis.”


Para o professor Bruno Bottino, a gestão democrática não é fácil, mas é imprescindível.

De acordo com a professora de Inglês Andrea Leite, tudo é feito tendo em mente os alunos. “Eles são nosso público-alvo, e a autoavaliação é importante porque permite ouvir os três âmbitos que compõem a comunidade escolar: os estudantes, as famílias e os profissionais da escola.” Ela enfatiza que os resultados obtidos pela unidade são fruto de duas décadas de dedicação e de um ambiente colaborativo. “Ninguém aqui chega triste para trabalhar”, afirma.

Opinião afinada com o modo como a diretora adjunta Rosângela da Silva gosta de resumir a escola, nos versos célebres de seu patrono: “Isto aqui, ô, ô / É um pouquinho de Brasil, iá, iá / Deste Brasil que canta e é feliz / Feliz, feliz”.


Andrea Leite destaca a parceria entre professores e Direção.

 
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