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Oswald de Andrade e o movimento antropofágico
17 Janeiro 2014 | Por Larissa Altoé
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Em 1928, Tarsila do Amaral pintou um quadro para dar de presente ao escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Impactado pela tela, ele chamou o amigo e escritor Raul Bopp para mostrá-la. Ficaram olhando aquela figura estranha – um homem de pés enormes, cuja pequena cabeça parece ter um ar melancólico, tendo por testemunha apenas o céu azul, o sol e um cacto. Com o auxílio do dicionário de tupi-guarani de Tarsila, batizaram o quadro como Abaporu, que quer dizer "o que come carne humana, antropófago".

oswald e tarsila 1927 teste

A partir dessa imagem, Oswald escreveu o Manifesto Antropófago, publicado na Revista de Antropofagia, também criada pelo grupo. Com frases de impacto, o texto reelabora o conceito de antropofagia. Se para o europeu civilizado o homem americano era o selvagem, ou seja, inferior porque praticava o canibalismo, na visão positiva e inovadora de Andrade, exatamente nossa índole canibal permitiria, na esfera da cultura, a assimilação crítica das ideias e modelos europeus.abaporu teste 2


Oswald começa assim o Manifesto:
“Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi, or not tupi that is the question. (...)”

Para ler a íntegra, vá para este link.

O movimento antropofágico se dissolveu em 1929, com a separação de Tarsila e Oswald.

O Abaporu foi vendido em 1995, por US$ 1,5 milhão, para o colecionador argentino Eduardo Costantini. Hoje, a tela está cotada em US$ 60 milhões.

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