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Os Liberais Moderados

Os liberais moderados defendiam a conservação da Monarquia centralizada, embora entendessem que o Poder Legislativo deveria ter um peso maior na vida política do Império por representar a vontade da "maioria". Esta, entretanto, não abrangia a totalidade da população pois, segundo a Constituição outorgada de 1824, poucos poderiam participar da sociedade política imperial.

O jornalista Evaristo da Veiga, um dos principais representantes dos moderados, era redator do jornal Aurora Fluminense. Entre as posições que defendia estavam, por exemplo: "Liberdade e ordem legal, eis os mais preciosos dos nossos bens" e (...) "nada de excessos. A linha está traçada - é a Constituição", ou ainda mais categoricamente (...) "Queremos a Constituição, não queremos a Revolução".

Imagem 1João Clemente Vieira Souto, responsável pela publicação A Astréia, também compunha o grupo dos moderados, ligado particularmente aos produtores do interior (Zona da Mata e Sul de Minas). Estes últimos disputavam com os comerciantes portugueses o abastecimento da cidade do Rio de Janeiro.

Outra figura importante era o deputado Bernardo Pereira de Vasconcelos, bacharel em Direito por Coimbra, que orientava o jornal Universal, de Ouro Preto. Em um dos seus discursos na Assembléia comentara sobre o comparecimento dos ministros do Poder Executivo aos debates referentes às suas pastas, promovidos no Poder Legislativo: "Ah! Venham eles quanto antes, venham depor perante a representação nacional, venham mostrar ao público suas virtudes ou seus vícios, sua ciência ou sua ignorância: saiam de seus palácios, asilo da sua imbecilidade."

    Quadro Político do Primeiro Reinado