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Valqueire, a Ipanema do subúrbio carioca
09 Dezembro 2013 | Por Luís Alberto Prado
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Vila Valqueire_2Vila Valqueire possui um grande índice populacional, com predomínio da classe média alta. Apesar da forte verticalização sofrida nos últimos anos, é formada predominantemente por prédios baixos e modernas residências, em sua maioria situadas em condomínios particulares.

Localizado entre o subúrbio de Madureira e a região de Jacarepaguá, o bairro foi denominado, delimitado e codificado oficialmente em 23 de julho de 1981, por meio do Decreto nº 3.158. Ele tem área territorial de 4,2 quilômetros quadrados (em 2003). Faz parte da Zona Oeste do Rio, abrigando 32.279 habitantes em 12.260 domicílios, de acordo com o Censo de 2010. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em 2000, era de 0,904, o 24º melhor da cidade. Sua fronteira territorial tem limites com Praça Seca, Tanque, Jardim Sulacap, Campo dos Afonsos, Marechal Hermes, Bento Ribeiro, Oswaldo Cruz e Campinho.

Como marco histórico, podemos encontrar no local restos de antigas construções da época do Império. Além disso, Valqueire também abriga um comércio de compra e venda de veículos, em franco desenvolvimento, na Estrada Intendente Magalhães.

Qualidade de vida

Cercado de verde, morros e serras – como a Serra do Valqueire, parte da área protegida do Parque Estadual da Pedra Branca –, difere-se no quesito qualidade de vida e serviços, no geral, quando comparado às demais localidades da Zona Oeste (perdendo apenas para a baixada de Jacarepaguá), região com menor IDH do município. Pelas terras de Vila Valqueire registram-se as menores temperaturas da cidade, nos dias de inverno, de madrugada. Essa característica torna o clima quase sempre agradável. O bairro está a apenas 28 quilômetros de distância do centro da cidade.

É comum moradores de outras localidades próximas reconhecerem Vila Valqueire como a “Ipanema do subúrbio”, devido aos condomínios de luxo e suas bonitas praças. Apesar de o bairro ser relativamente mais aprazível que os vizinhos, vem sofrendo um processo de favelização em algumas áreas.

A Estrada Intendente Magalhães, principal via que demarca seus limites com Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro e Marechal Hermes, já foi chamada Real de Santa Cruz, porque fazia a ligação do Palácio de São Cristóvão, no tempo do Império, à Fazenda Real de Santa Cruz. Foi igualmente conhecida durante muito tempo como Rio-São Paulo.

Além da sede de um antigo engenho do século XIX, apesar de totalmente arruinada, a mais antiga construção do bairro é a Igreja de São Roque (Igreja Divina Misericórdia, da mesma época), situada próxima à Rua Quiririm. No passado, essa via era conhecida como Estrada do Macaco. Atravessando as terras do engenho de mesmo nome, encurtava o caminho para o Valqueire.
 
Na época do Império, como toda Jacarepaguá, foi propriedade de famílias ricas, escravagistas, daquelas que para cá vieram nos tempos do Brasil colônia.

Por não ser um bairro de passagem, como o Largo do Tanque, Pechincha, Taquara ou Freguesia, não lhe coube a mesma visibilidade dos vizinhos, sendo dessa forma um local bem mais tranquilo. Saiba mais sobre o bairro, clicando nos links abaixo.

De Tiradentes ao Fenômeno

O que têm em comum Ronaldo Fenômeno e Tiradentes? Vila Valqueire, é claro. O primeiro começou a conquistar a sua fama de artilheiro na quadra de futsal do Valqueire Tênis Clube. Joaquim José da Silva Xavier utilizava a Estrada Real de Santa Cruz (parte dela é a Estrada Intendente Magalhães) em suas viagens de ida e vinda de São Paulo e Minas Gerais.

Antes de começar a fazer gol, Ronaldo Nazário de Lima, o maior artilheiro de todas as copas, era goleiro da equipe do VTC, aos 9 anos. Até o dia em que resolveu atuar na linha, entrando para a história do futebol mundial.

Segundo o professor e historiador André Braga, a origem de Vila Valqueire envolve figuras ilustres do passado, como Tiradentes, entre tantos outros viajantes que usaram a Estrada Real de Santa Cruz.

No entroncamento onde fica o Largo do Campinho, o principal personagem da Inconfidência Mineira pernoitava em uma estalagem onde hoje está o posto de gasolina Rio-São Paulo. Tiradentes tinha o hábito – ninguém sabe bem a razão – de ir até a Praça Seca seguindo pela Rua Cândido Benício, que naquela época se chamava Estrada de Jacarepaguá.

 
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