Segundo as lendas, logo depois de nascer, Ártemis ajudou sua mãe no parto de seu irmão gêmeo, Apolo.
Por sua ligação com a natureza, era representada sempre na companhia de uma corça ou de um cão de caça. Seus outros símbolos eram a lua e o cipreste. E pelo fato de ser excelente arqueira e caçadora (como Apolo), Ártemis jamais se separava de seu arco e flechas, que usava com precisão mortal.
Era também a deusa protetora das meninas e a responsável por causar e curar os males femininos.
Quando tinha apenas 3 anos, Ártemis pediu a Zeus que a fizesse permanecer virgem, jamais ter uma cidade erguida em seu nome e reinar para sempre sobre a natureza e as montanhas.
Mas a deusa viveu um grande amor que, infelizmente, terminou de modo trágico.
Órion era um jovem arqueiro e caçador que rivalizava com a própria Ártemis, ou com seu irmão Apolo. Por sua destreza com o arco, Órion tornou-se o seu companheiro de caçadas.
Pouco a pouco, surgiu entre os dois uma grande paixão, e Ártemis decidiu abandonar seu voto de castidade para se casar.
Mas Apolo, louco de ciúmes, enviou um escorpião para atacar Órion, que mergulhou no mar, ficando apenas com a cabeça exposta acima da espuma das ondas.
Apolo, então, desafiou sua irmã a acertar uma flecha numa pedra bem distante da praia, o que ela fez com extrema facilidade. Mas o que Ártemis não sabia é que aquilo não era uma pedra, mas sim a cabeça de Órion.
Desesperada, ela pediu ajuda a Zeus, que levou o corpo de Órion e o escorpião para o céu, onde eles se tornaram duas das constelações mais brilhantes no céu noturno.