Você sabe qual é o vulcão ativo mais alto do planeta? Sabe qual país tem a terceira maior indústria cinematográfica do mundo? Sabe que já houve um conflito armado chamado de Guerra do Futebol, porque foi iniciado na partida em que as seleções dos dois países disputavam uma vaga para a Copa do Mundo? Vamos falar dessas e de muitas outras curiosidades!
Suíça – Pouco menor que o Espírito Santo e com população pouco maior que a do Pará (cerca de 9 milhões de habitantes), é sede de várias organizações internacionais, como o Fórum Econômico Mundial, a Cruz Vermelha, a Organização Mundial do Comércio, o COI, a Fifa, a Uefa e muitas outras. Embora a Suíça se mantenha neutra desde o Congresso de Viena de 1815, durante a Guerra Fria, na década de 1960, construiu vários abrigos nucleares e aprovou uma lei obrigando que todas as novas edificações também construam um abrigo em suas dependências.
O país da Guarda Pontífice (responsável pela segurança do Papa desde 1506), dos bancos, da indústria farmacêutica, dos queijos, dos fondues e dos chocolates também é conhecido como República Helvética. Isso porque os registros históricos indicam que seus primeiros habitantes foram os helvécios, uma tribo celta que ocupou a região por volta de 500 a.C. A Suíça produz um refrigerante típico: o Rivella, que, apesar da cor parecida com a do guaraná, é feito à base de soro de leite. E um dos hábitos curiosos de seus habitantes é ter sapatos distintos para usar dentro e fora de casa. Os da rua costumam ficar em sapateiras instaladas em frente à porta, no corredor do andar em que moram.
Equador – Banhado pelo Oceano Pacífico, atravessado pela Cordilheira dos Andes e cortado pela linha do equador, parte do país fica no hemisfério norte e a outra parte, no hemisfério sul. É povoado desde 10.000 a.C. por várias etnias e tem , aproximadamente, o mesmo tamanho do Rio Grande do Sul. Quando os espanhóis lá chegaram, no século XVI, precisaram travar uma guerra contra os incas para se estabelecerem no território. Aliás, boa parte dos equatorianos ainda fala o quíchua, idioma dos incas e de outros povos indígenas da região, embora a língua oficial seja o espanhol. O arquipélago das Ilhas Galápagos, cuja fauna e flora foram cruciais para Charles Darwin construir a Teoria da Evolução, integra o território equatoriano. No coração desse território, encontra-se a Avenida dos Vulcões. Nela, há oito deles, inclusive o vulcão em atividade mais alto do mundo: o Cotopaxi, com 5.897 metros de altitude.
França – Conhecida pelos palácios, jardins, museus, monumentos históricos, pela arte, alta costura, etiqueta social, pelos queijos e vinhos, é o maior país da Europa Ocidental e o que mais recebe turistas em todo o mundo. Tem esse nome porque, por volta do século IV, durante a decadência do Império Romano, os francos (um dos povos germânicos) ocuparam a região que, até então, era chamada de Gália, pelo fato de a maioria dos seus habitantes pertencer à tribo celta dos gauleses, aquela mesma da revista em quadrinhos Asterix. Contudo, o atual território francês já era povoado há mais de 300 mil anos pelo extinto Homem de Neanderthal e, posteriormente, pelos primeiros Homo sapiens, por volta de 40.000 a.C.
O palco da Revolução Francesa e o berço dos filósofos iluministas, que tanto impactaram a política e o pensamento ocidental contemporâneo, também é a terra dos castelos. A região do Vale do Loire tem uma verdadeira coleção deles, a maioria construída entre os séculos XV e XVIII, em meio a fortalezas medievais: um verdadeiro tesouro que narra muitas histórias sobre os bastidores e a vida privada da corte. A França é aproximadamente do tamanho de Minas Gerais e Pernambuco juntos, tem cerca de 65 milhões de habitantes e é responsável por vários inventos incorporados ao cotidiano da humanidade – como o cinema, a bicicleta, o lápis e a máquina de costura –, além de ser a nação que mais ganhou prêmios Nobel de Literatura: 14 ao todo.
Honduras – Com um território pouco maior que o de Pernambuco e uma população equivalente à do Pará (cerca de 8 milhões de habitantes), é o país mais montanhoso da América Central, porém o único que não possui vulcões. É nele que se encontra Copán, o maior sítio arqueológico do período clássico da civilização maia. Em cada um dos 62 degraus da escadaria da cidade pré-colombiana, hieróglifos contam a história de seus governantes, compondo o mais longo texto maia conhecido.
Honduras é banhada pelo Mar do Caribe, em sua costa atlântica, e pelo Golfo de Fonseca, em sua costa pacífica. Contudo, o acesso ao Pacífico só foi garantido após a Guerra do Futebol – assim chamada porque, em 1969, durante uma partida contra El Salvador, em que se decidia uma vaga para a Copa do Mundo de 1970, iniciaram-se violentos confrontos entre os torcedores dos dois países, que viviam momentos de tensão em razão da disputa de áreas fronteiriças. As forças militares nacionais iniciaram os combates no mesmo dia, mas eles só duraram 100 horas, porque a OEA interviu e negociou um acordo de paz. Mas o litígio só foi resolvido em 1992, quando o Tribunal de Haia decidiu a favor de Honduras, concedendo-lhe dois terços dos territórios em disputa, garantindo seu acesso ao Golfo de Fonseca.
Argentina – O país do tango e de Maradona é o oitavo maior do mundo. Possui uma área equivalente ao Amazonas e Pará juntos e uma população de cerca de 40 milhões de habitantes, menor que a do estado de São Paulo. Foi com a expedição de Américo Vespúcio, realizada em 1502, que lá chegaram os primeiros europeus. O norte do atual território argentino era parte do Império Inca e o restante, ocupado pelos guaranis e por tribos nômades. A fim de conter a invasão dos ingleses e o avanço dos portugueses, a coroa espanhola instituiu o Vice-Reino da Prata, em 1776, com capital em Buenos Aires e limites que incluíam o Uruguai, o Paraguai, a Bolívia e, ainda, regiões do Chile e Peru. A independência foi conquistada em 1816, adotando-se o nome de Províncias Unidas da América do Sul. Com a constituição de 1826, finalmente foi adotado o nome Argentina.
Atravessado longitudinalmente pela Cordilheira dos Andes, o país abriga o ponto mais alto do continente americano – o Pico do Aconcágua, com 6.890 metros de altitude – e a cidade mais austral (ao sul) do planeta – Ushuaia, localizada na Terra do Fogo. É nele que também foi encontrado o maior fóssil de dinossauro do mundo – o Argentinosaurus huicunlensis, com 40 metros de comprimento. E foi sobre a seleção argentina que o Brasil ganhou seu primeiro título oficial no futebol: a Copa Rocca de 1914.
Bósnia-Herzegóvina – Localizada na Cordilheira dos Bálcãs e com uma minúscula área banhada pelo Mar Adriático, é um pouco maior que o Rio Grande do Norte, mas com população pouco menor (cerca de 3,8 milhões) que a desse estado nordestino. É uma república formada por duas federações autônomas – a Bósnia-Herzegóvina e a Sprska – e tem o apelido de “Pequena Iugoslávia” por reunir as principais etnias que compunham o antigo país: sérvios, bósnios e croatas, que, até hoje, têm sérios conflitos entre si. A capital, Sarajevo, não à toa, é conhecida como “Jerusalém dos Balcãs” (ou “da Europa”). A multiplicidade étnica da cidade é traduzida em sua arquitetura, marcadamente de cunho histórico, com templos judeus, muçulmanos e católicos (apostólicos e ortodoxos) situados a poucos metros um do outro.
Mostar, na orla do Mar Adriático, é a cidade mais turística do país. Seu maior símbolo, a Ponte Velha Stari Most, construída durante o domínio do Império Turco Otomano, foi reconstruída após sua destruição durante a guerra que marcou o país na década de 1990. A cidade de Visoka também tem atraído muitos místicos e esotéricos. Lá, encontra-se a colina de Visocica, cujo curioso formato suscitou o surgimento da teoria de que ela seria a pirâmide mais alta e mais antiga da Terra. Mas os arqueólogos e geólogos do país rejeitam essa tese e afirmam tratar-se apenas de uma formação rochosa natural.
Irã – Os primeiros povos a habitar o território do país, que até 1935 era chamdo de Pérsia, foram os arianos, tribos de origem indo-europeia que se espalharam pelo Oriente Médio por volta de 2.000 a.C. É daí que advém o nome Irã e se dá a origem do Império Persa, que atingiu o apogeu com o rei Ciro, por volta de 550 a.C. Os árabes só conquistaram a região em meados do século VII d.C., promovendo mudanças profundas na cultura e na religiosidade do povo que, aos poucos, foi assimilando o Islã.
O país é banhado pelos golfos Pérsico e de Omã, no Oceano Índico, e pelo Mar Cáspio, maior habitat natural dos esturjões. As ovas desse peixe manejadas pelos iranianos se constituem no caviar mais apreciado do mundo. Aliás, o país tem uma gastronomia sofisticada – com muitos pratos à base de tâmaras, frutas secas, iogurte, berinjela, grão de bico, hortelã e vários outros ingredientes – e uma indústria cinematográfica crescente, cada vez mais respeitada e com mais adeptos em todo o mundo. Um pouco maior que o Amazonas, tem uma população de cerca de 75 milhões, equivalente a dos estados de Minas, São Paulo e Paraná juntos.
Nigéria – A língua oficial é o inglês, mas a mais populosa nação da África, com quase 165 milhões de habitantes, é formada por várias etnias que, juntas, falam cerca de 250 dialetos diferentes. Mais da metade da população é muçulmana, embora permaneçam, entre seus praticantes, vários aspectos das religiões animistas, características das diversas tribos. A Nigéria é, hoje, o terceiro maior produtor de audiovisual do planeta. Sua indústria cinematográfica é tão grande que é chamada de Nollywood, em alusão a Hollywood e Bollywood. A produção tem, contudo, características muito próprias: os conteúdos são locais e a maioria esmagadora é dirigida ao mercado de DVDs, sem passar pelas salas de cinema que, aliás, são pouquíssimas no país. A Nigéria tem um longo litoral banhado pelo Golfo da Guiné e é um pouco maior que o estado do Mato Grosso. Na capital do país, Lagos, há um bairro chamado Brazilian Quarter, majoritariamente composto por descendentes de escravos brasileiros que retornaram à África no século XIX.