O calor do verão no Rio de Janeiro convida a aproveitar a vida ao ar livre. Sendo assim, nada melhor do que curtir com a família, especialmente as crianças, e proporcionar a elas férias inesquecíveis. Como, no entanto, nesta estação tudo é muito intenso – radiação solar, temperatura alta... – convém atentar para algumas regrinhas de ouro que ajudam a atravessar os meses mais quentes do ano sem susto.
Banhos seguros
Um dos programas que mais agradam a criançada é a ida à praia. Nesse quesito, o principal segredo é respeitar o período recomendado – o banho deve ser evitado entre as 10h e as 16h, ou entre 11h e 17h durante o horário de verão. Caso não seja possível, a opção é se proteger da exposição direta ao sol e, de vez em quando, ficar na sombra. Como a perda de água e de sais minerais pela transpiração é grande, convém cuidar da hidratação, bebendo preferencialmente água. Suco de frutas ou água de coco também são bem-vindos. No caso dos bebês, o melhor é trazer essas bebidas de casa, em uma sacola térmica, para evitar risco de contaminação.
Os raios solares são indispensáveis para garantir a absorção da vitamina D pelo organismo. Por isso, o banho de sol é recomendado aos bebês já na primeira semana de vida, mas apenas por 15 minutos, bem cedinho ou no fim da tarde. A partir dos seis meses de idade, o bebê pode usar protetor solar com, no mínimo, fator 30, inclusive no couro cabeludo, já que tem o cabelo muito fino. Mas isso não dispensa o uso de roupinhas leves e boné. Crianças com menos de um ano não devem ficar mais de meia hora expostas diretamente ao sol e, até os dois anos, precisam de filtros infantis hipoalergênicos.
Muito cuidado com a areia suja, já que os pequenos adoram colocar as mãos na boca e, com isso, podem facilitar o acesso de microrganismos causadores de doenças. Esses agentes oportunistas também se aproveitam de ferimentos localizados nos pés – portanto, atenção nunca é demais. Água do mar muito gelada ou com ondas fortes são sinais de que não se deve arriscar um banho. Para os bebês, o problema pode ser contornado com a boa e velha piscina inflável.
Uma das maiores preocupações, além da maré alta, diz respeito à segurança também em terra firme, já que a praia é um lugar movimentado e aberto, o que aumenta a chance de uma criança desacompanhada se perder do grupo. Uma boa dica é colocar na garotada uma pulseira de identificação com o nome da criança, o nome de um dos pais e um telefone de contato.
Informação nunca é demais
Desde 1995, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) faz um trabalho de conscientização, realizado em eventos esportivos, recreativos, culturais e educacionais, além de disponibilizar uma publicação on-line sobre medidas de prevenção de afogamento. Bastante abrangente, o material vai além das condições usuais de acidentes e ensina como agir até mesmo em situações de alagamento na cidade. Segundo as estatísticas da Sobrasa, 75% dos óbitos acontecem em rios, represas e praias, enquanto metade dos afogamentos de crianças na faixa de um a nove anos ocorre em piscinas, inclusive na de casa, e muito frequentemente devido ao perigo real da bomba de sucção.
Já o Programa Sol Amigo apresenta informações completas sobre como se prevenir do excesso de radiação ultravioleta e explica seus efeitos sobre a pele, os olhos e o sistema imunológico. Além da indicação de especialistas sobre diversos modelos de chapéus, óculos e roupas a ser usados, a página disponibiliza material de apoio pedagógico, que pode facilitar a implantação de um programa de prevenção no ambiente escolar.
Fontes: Site da Sobrasa, Site do Programa Sol Amigo.