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Os atletas mais fortes do mundo
16 Junho 2016 | Por Sandra Machado
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Durante as competições, não é raro que um atleta levante até três vezes o seu próprio peso (Foto: Melissa Majchrzak/AFP)

Mesmo o mais mambembe dos circos inclui em seus espetáculos a atração do homem mais forte do mundo. A força física, que torna alguém capaz de levantar um peso descomunal, impressiona a espécie humana desde a Antiguidade. Mais de mil anos antes de Cristo, o mesmo teste já servia para selecionar os melhores soldados para o exército chinês. Mas foi por volta do fim do século XIX que os europeus perceberam o potencial esportivo da atividade, com uma pioneira escola fundada na Áustria e a realização do primeiro campeonato mundial na Inglaterra, em 1891. Hoje, não é raro que um atleta levante até três vezes o seu próprio peso em uma prova.

O levantamento de peso esteve na primeira edição dos Jogos da Era Moderna, em 1896, mas só entrou definitivamente no calendário olímpico a partir da Antuérpia (1920), para os homens, e de Sydney (2000), para as mulheres. No Rio, disputam 15 categorias, sendo oito masculinas e sete femininas, divididas de acordo com o peso corporal dos atletas, em provas no Pavilhão 2 do Riocentro. Duas horas antes da competição, é sempre realizada uma pesagem, para garantir que todos estejam competindo na categoria adequada. O controle é tão rigoroso que já levou até a situações extremas.

Campeonato Sul-Americano de Levantamento de Peso (Foto: Miriam Jeske/www.brasil2016.gov.br)

Nos Jogos Olímpicos de Melbourne (1956), o norte-americano Charles Vinci estava 680 gramas acima do permitido na sua categoria, pouco antes da pesagem oficial. Depois de correr e suar bastante durante uma hora, ainda faltava perder 212 gramas. Para não ficar de fora da disputa, raspou a cabeça, e não apenas participou como também levou a medalha de ouro, quebrando o recorde mundial, alcançando a marca de 342,5kg.

A competição inclui duas provas. No arranco, ou arranque, o competidor levanta uma barra de aço com discos de peso, acima da cabeça, de uma só vez. No arremesso, o participante primeiro levanta a barra até a altura dos ombros enquanto se agacha, e só depois fica ereto, realizando o mesmo movimento. Cada um tem direito a três tentativas, e o aumento do peso levantado entre uma tentativa bem-sucedida e a próxima deve ser de, pelo menos, um quilo. Em caso de empate, vence o atleta que tiver o menor peso corporal.

Modalidade paralímpica é a única em que atletas com diferentes tipos de deficiência competem na mesma categoria

No halterofilismo, o atleta fica deitado sobre um banco e executa o movimento conhecido como supino reto (Foto: Frederic J. Brown/AFP)

No halterofilismo, o atleta fica deitado sobre um banco e executa o movimento conhecido nas academias de ginástica como supino reto. Primeiro, é preciso sustentar o peso com os braços totalmente estendidos. Em seguida, o competidor desce a barra até a altura do peito e, depois, finaliza levando até a posição inicial. São feitas três tentativas. O parâmetro básico para a divisão das categorias é o peso corporal.

Podem participar anões, amputados ou portadores de deficiência física nos membros inferiores, e atletas com paralisia cerebral ou com lesões na medula espinhal. Dependendo da limitação física, os competidores podem contar com o auxílio de anilheiros, que retiram a barra do suporte no início do movimento. Alguns atletas prendem suas pernas no banco com faixas, a fim de melhorar a estabilidade.

Praticado em mais de cem países, o halterofilismo estreou nos Jogos de Tóquio (1964), mas apenas em Sydney (2000) as mulheres puderam entrar na disputa. O recorde mundial é do iraniano Siamand Rahman, que levantou 280kg em Londres (2012), e da chinesa Ruifang Li, com 165kg, que levou o ouro em Pequim (2008).

Nos Jogos do Rio, são dez categorias masculinas e dez femininas. A competição, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, conta com cerca de 60 atletas de 20 países. O Brasil é representado por 14 atletas – oito homens e seis mulheres.

Fontes: Site Brasil 2016, site do Comitê Paralímpico Brasileiro, site do Globo Esporte.

 
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