Ter bons hábitos alimentares e conhecimento prévio dos riscos de doenças causadas pela ingestão prolongada de alguns tipos de produtos. Este é o conselho que os médicos atentos dão aos seus pacientes. Afinal, alimentar-se de maneira correta significa prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida.
Segundo pesquisas recentes, muitos componentes da alimentação dos brasileiros são associados ao desenvolvimento de doenças como o câncer, os problemas cardíacos, a obesidade e o diabetes. Por isso, alimentos ricos em gorduras – como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presunto e toda a variação de embutidos (salsichas, linguiças, mortadelas, entre outros) – devem ser ingeridos com extrema parcimônia. Além do sal e açúcar, tradicionais “vilões” da alimentação balanceada – há outros itens à espreita contra a saúde do ser humano.
Os nutricionistas sempre observam que o tipo de preparo do alimento também influencia o risco de doenças. Ao fritar, grelhar ou assar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas, por exemplo, podem ser criados compostos que aumentam o risco de câncer de estômago. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, ensopados, guisados, cozidos ou assados.
A adoção de uma alimentação saudável previne o surgimento de doenças crônicas e melhora a qualidade de vida. Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm vitaminas, fibras e outros compostos que auxiliam as defesas naturais do corpo e devem ser ingeridos com frequência. Apesar de não serem digeridas pelo organismo humano, as fibras têm um papel fundamental para o bom funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias nocivas com a parede do intestino grosso.
Um equívoco apontado pelos especialistas é a ingestão de vitaminas em comprimidos. Elas não substituem uma boa alimentação. Os nutrientes protetores só funcionam quando consumidos por meio dos alimentos. O uso de vitaminas e outros nutrientes isolados na forma de suplementos não é recomendável, por exemplo, para prevenção do câncer.
Nutricionistas e médicos incentivam a volta a antigos hábitos alimentares do brasileiro, como o consumo de arroz com feijão. Algumas verduras, vagens e hortaliças podem ser consumidas cruas ou cozidas (cenoura, pimentão e aipo), enquanto que outras, como batata, são tradicionalmente consumidas a partir de cocção. Muitas ainda possuem características antioxidantes, antibacterianas, antifúngicas, antivirais e anticancerígenas.
Já as frutas contêm também diversos elementos fundamentais na preservação dos tecidos celulares e prevenção de doenças relacionadas com a má nutrição. Seu consumo regular está associado à redução do risco de úlcera, de doenças cardiovasculares, da doença de Alzheimer, cataratas e de alguns dos declínios associados ao envelhecimento.
Por sua vez, o consumo regular de ervilha, lentilha, feijão, soja e grão-de-bico parece ter um efeito protetor contra doenças cardiovasculares e úlcera. Para ganhar o benefício da proteína da leguminosa, esta deve ser cozida e comida com um cereal (de preferência, cereal integral em grão).
Se você quer saber mais sobre alimentação saudável, ouça a MultiRio Web Rádio. O programa Atitude Consciente desta semana apresenta a nutricionista Luciana Maldonado, do Instituto de Nutrição Annes Dias (Inad). Ela dá dicas para quem busca se alimentar bem e ter saúde. O Atitude Consciente vai ao na quinta-feira, às 9h, 13h, 17h e 21h.