ACESSIBILIDADE
Acessibilidade: Aumentar Fonte
Acessibilidade: Tamanho Padrão de Fonte
Acessibilidade: Diminuir Fonte
Youtube
Facebook
Instagram
Twitter
Ícone do Tik Tok
ANDAR NO G20
Acompanhe a cobertura da ANDAR no G20
Jornada de Planejamento, Formação Pedagógica e Centro de Estudos 2024
Nos dias 1º e 2 de fevereiro, acontece Jornada de Planejamento, Formação Pedagógica e Centro de Estudos 2024 em todas as unidades escolares da Rede Municipal de Ensino do Rio.
Material Rioeduca 2024
Acesse os conteúdos do Material Rioeduca.   
E Agora? - Um Rolé Digital
O projeto E Agora? Um Rolé Digital reúne narrativas digitais interativas que tratam de temas relacionados à proteção de dados pessoais, privacidade, cyberbullying, fraude digital e golpes.  A iniciativa é uma parceria da Secretaria Municipal de Integridade, Transparência e Proteção de Dados (SMIT) com a Secretaria Municipal de Educação (SME) e a MultiRio.
Cartografias de Boas Práticas da Rede
Em um mapa digital interativo da cidade do Rio, a plataforma Cartografias de Boas Práticas da Rede destaca experiências exitosas das escolas públicas cariocas e busca promover uma rede de compartilhamento e trocas entre as unidades escolares, incentivando que boas práticas sejam conhecidas e apropriadas por outros educadores. 
#educa
Especialistas de diversas áreas e formadores de opinião conversam sobre temas que impactam a vida na cidade.            
Projeto Desenvolvimento da Cultura Digital na Rede
O Projeto Desenvolvimento da Cultura Digital na Rede reúne um conjunto de ações que buscam promover o desenvolvimento das competências nesse campo entre estudantes e professores das escolas cariocas.  
Seminário MultiRio 30 anos - Criatividade fazendo escola
A MultiRio comemora 30 anos e realiza o Seminário MultiRio 30 anos - criatividade fazendo escola com palestras, rodas de conversa e oficinas.
Personagens Rioeduca - Paper Toy
Acesse e faça o download dos personagens do Material Rioeduca em versão paper toy para imprimir, recortar e montar. 
EI Carioca na Rede
A websérie EI Carioca na Rede aborda assuntos relevantes para o cotidiano da Educação Infantil como a rotina, o tempo e o espaço, datas comemorativas, documentação pedagógica e muito mais.
Meias Aventuras
Respeitável público, a MultiRio apresenta o Meias Aventuras, um projeto multiplataforma, divertido e super interativo para estimular ainda mais a criatividade das crianças.  
14ª Jornada Pedagógica da Educação Infantil (JPEI 2023)
A Jornada Pedagógica da Educação Infantil – JPEI é uma ação formativa dedicada aos profissionais de Educação Infantil atuantes nas Creches Municipais, Epaços de Desenvolvimento Infantil e nas Unidades parceiras da SME-Rio.
A Escola na Cultura Digital
Formação promovida pela MultiRio em parceria com a Escola de Formação Paulo Freire da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro através da plataforma EaD (Ensino a Distância) da EPF. 
História do Brasil
Com os módulos Rio de Janeiro – História da Cidade, América Portuguesa e Brasil Monárquico, o site História do Brasil conta com um rico conteúdo curricular. Oferece também uma coleção de imagens históricas, com reproduções de telas, representações cartográficas e fotos de documentos. Além disso, ao longo dos textos, palavras e termos destacados trazem links com informações e explicações complementares.                                      
Andar - Agência de Notícias dos Alunos da Rede
Projeto de trocas e de colaboração em torno da produção estudantil de notícias, reconhecendo e desenvolvendo iniciativas existentes na Rede Municipal e estimulando novas práticas.
MultiClube
Com diferentes seções voltadas a diversas faixas etárias, o MultiClube oferece conteúdos para crianças e jovens. Para cada uma das faixas – que estão divididas em 3 a 5, 6 a 8, 9 a 11 e 12 a 15 anos –, há materiais selecionados de acordo com as características de cada grupo.  
Impressões Digitais
Impressões Digitais - Autoavaliação da Cultura Digital na Rede - é um instrumento que busca fazer um retrato do tema na Rede Municipal para apoiar a política pública educacional, subsidiando o planejamento, o acompanhamento e a análise das ações a serem realizadas neste campo.
Jornada de Planejamento, Formação Pedagógica e Centro de Estudos 2023
A Jornada Pedagógica de Planejamento, Formação Pedagógica e Centro de Estudos 2023 acontece de 1º a 3 de fevereiro com materiais para estudo, reflexão e debate para a dinâmica das atividades a serem desenvolvidas nas unidades escolares.
Que Medo!
Por meio de desenhos animados, aborda diferentes faces do medo infantil, contribuindo para seu entendimento e desmistificação.

Os indígenas, as elites brasileiras e as pautas de independência
05 Setembro 2022 | Por Márcia Pimentel
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Whatsapp
Construção colonial no alto de uma pequena elevação.
Aldeamento Indígena São Pedro de Alcântara. Franz Keller, 1865. Impressora Paranaense, domínio público

A participação dos indígenas no processo de Independência foi bastante ativa, mas essa história está apenas começando a ser escrita. Documentos históricos até então intocados fornecem novas pistas sobre o assunto, como a firme atuação dos vereadores indígenas que ocupavam assento nas Câmaras Municipais de diversas vilas – antigos aldeamentos que froram emancipados com a expulsão dos jesuítas do Brasil.

Antes de irmos adiante, é preciso lembrar que além de serem compostos por inúmeras nações com culturas distintas, os indígenas da América portuguesa viviam diferentes condições sociais, na época da Independência. Havia desde grupos isolados nas matas aos que sofriam com o avanço dos colonizadores sobre suas terras, com muitas mortes, escravizações e resistências.

Havia ainda vários grupos integrados, que moravam nas fazendas, nos lugarejos e nas vilas e que tinham situações jurídicas variadas, segundo disse João Paulo Peixoto Costa, professor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), em live sobre a participação dos povos indígenas na Independência. Nestes grupos, a maioria vivia às turras com as elites locais em função dos abusos que sofriam em relação à sua mão de obra e às suas terras.

Desde o século XVI, era comum ver grupos integrados recorrerem ao rei de Portugal contra os abusos sofridos, já que havia uma legislação (ambígua, é verdade) que coibia a escravidão indígena no Brasil. “A figura do monarca representava amparo contra os abusos de proprietários […] Por isso muitos índios tenderam a apoiar o príncipe regente (Dom Pedro) quando as cortes de Lisboa impuseram o retorno de Dom João VI a Portugal”, escreve o professor do IFPI em artigo publicado no site Brasil: Bicentenário das Independências. O que estava em jogo para os indígenas era a manutenção de um protetor contra os abusos das elites locais.

Desenho em preto e branco. À esquerda, perfil de índio botocudo, com alargador de orelha, lábio inferior artificialmente aumentado e cabelo cortado na altura dos olhos.. À direita, o rosto de um índio puri, com cabelos longos e lisos.
Ìndios não integrados, botocudos e puris. Litogradia da Heaton e Rensburg, BN Digital, domínio público


Vereadores e guerreiros

Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, em meados do século XVIII, os aldeamentos indígenas instituídos pelos colonizadores portugueses foram transformados nas chamadas “vilas de índios”.

Segundo artigo de Francisco Cancela, professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), embora continuassem tutelados por agentes governamentais, a mudança propiciou a “ampliação das experiências políticas e da consciência histórica das lideranças indígenas, que, ocupando os cargos da governança local, souberam usar o papel das câmaras para negociar seus interesses”. Entre os principais assuntos da pauta indígena, na década de 1820, a liberdade, a cidadania brasileira e o direito à posse de suas terras.

No já citado artigo de João Paulo Peixoto Costa, é explicado que os vereadores indígenas acompanhavam os debates que ocorriam nas Cortes de Lisboa e do Rio de Janeiro, mas sempre conectados com suas questões locais. Ainda segundo o professor do IFPI, nos incontáveis episódios de envolvimento de indígenas em revoltas pela independência, “buscavam muito menos se contrapor aos europeus e mais lutar por uma nova posição social que não os obrigasse ao trabalho forçado” e reconhecesse seus direitos à terra.

 Foi assim, com pauta própria, que os indígenas se fizeram presentes em vários campos de batalha em prol da independência, como nas vilas de Santarém (PA), Campo Maior (PI), Viçosa (CE), Trancoso (BA), Porto Seguro (BA) e muitas outras. É importante ter em mente que participaram do processo de libertação da colônia com demandas e projetos próprios. Contudo, a Constituição de 1824, como lembra o professor do IFPI, sequer os menciona, “revelando o silêncio como método de um Estado de proprietários” interessados em negar o direito dos indígenas a terras brasílicas.

Gravura. Indígena seminu, com lança nas mãos e pintura corporal em listras e vários adereços com penas pretas pendurados nos braços, nas pernas e em um cinto preto na cintura. Na cabeça, um adereço predominantemente vermelho, com detalhes em penas pretas e amarelas.
Chefe mundukuru, da região amazônica. Hercule Florence, Academia de São Petersburgo, domínio público
 
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Whatsapp