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Pré-história do Brasil desperta o interesse dos alunos para diversos componentes curriculares
05 Julho 2022 | Por Larissa Altoé
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Desenho. Homens trabalhando em uma caverna.
Peter Lund trabalhando em uma caverna de Lagoa Santa, MG (Desenho de Peter Brandt, década de 1840, domínio público)

Como os humanos começaram a habitar o território que hoje chamamos de Brasil? De onde vieram? Eles conviveram com os dinossauros? Como viviam? Essas questões mexem com a imaginação de crianças e adolescentes e podem motivar os alunos da Educação Básica, ajudando no desenvolvimento do ensino-aprendizagem de diversos componentes curriculares.

O projeto Rioeduca na TV, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro com a MultiRio, disponibiliza uma série de videoaulas relacionadas a esse tema, desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental II. Algumas delas são:

Dinossauros, para a Educação Infantil - a professora Carolina Sanches conta sobre os dinossauros e os cientistas que descobrem seus esqueletos de forma lúdica e atualizada. Ela propõe atividades para realizar com os alunos, como a “criação” de um fóssil com gravetos ou rolinhos de papel higiênico.

Na videoaula Fóssil, de Ciências para o 6º e 7º anos, a professora Silvane Vechi mostra o significado dessa palavra na prática, facilitando a apropriação do conceito.

O Povoamento das Américas, de História, para o 6º ano. A professora Bárbara Lisboa traz as principais hipóteses de paleontólogos e arqueólogos sobre a ocupação por humanos do território onde atualmente é o Brasil.

Em Eras geológicas - uma história com milhões de anos, de Ciências, para o 7º ano, a professora Isabela Gonçalves fala sobre a evolução do planeta Terra ao longo de 4,5 bilhões de anos. Ela explica o tempo de surgimento dos diversos seres vivos, entre eles, os dinossauros, que viveram há 248 milhões de anos, e os ancestrais humanos, que surgiram depois da extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos. A professora esclarece que os ancestrais humanos não conviveram com os dinossauros. Isso só é possível em filmes de ficção científica, como Jurassic Park. Isabela Gonçalves ainda dá uma boa dica para quem quer conhecer mais sobre os dinossauros que habitaram o território que hoje em dia é o Brasil. 

Investigação do passado

A tarefa de entender o que se passou no território brasileiro antes da chegada dos europeus e mesmo antes do aparecimento dos povos indígenas, no período dos “homens das cavernas” é tarefa para cientistas de diversas áreas.

Um dos precursores da pesquisa pré-histórica brasileira foi o dinamarquês Peter Lund. Ele veio para cá pela primeira vez em 1825, para estudar a fauna e a flora do Rio de Janeiro, mas, depois de viajar por São Paulo, Goiás e Minas Gerais, fixou residência no estado mineiro, mais precisamente em Lagoa Santa.

Desenho. Perfil de Peter Lund, feito no século XIX.
Peter Lund, naturalista dinamarquês, que encontrou 30 fósseis de homens pré-históricos em Minas Gerais na década de 1840 (domínio público)

 

No início da década de 1840, Peter Lund descobriu na gruta Lapa do Sumidouro 30 esqueletos humanos fossilizados. Técnicas posteriores permitiram determinar que aqueles hominídeos haviam habitado o local há 10 mil anos e usaram aquela gruta para enterrar seus mortos. Próximos a esses esqueletos, havia também fósseis de megafauna extinta – tigres-dente-de- sabre, preguiças e tatus gigantes. A descoberta de Peter Lund trouxe a evidência de que os homens pré-históricos conviveram com a megafauna, animais com mais de 2 metros e que pesavam toneladas.

Um dos crânios encontrados por Lund está no Rio de Janeiro no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), mas o restante foi enviado à Dinamarca ainda no século XIX. Em 1845, Peter Lund encerrou suas pesquisas paleontológicas em Lagoa Santa, mas viveu lá até sua morte em 1880, aos 78 anos.

Lagoa Santa é um dos sítios arqueológicos mais antigos e produtivos do Brasil. Foi lá também que, em 1974, a arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire encontrou o crânio que o arqueólogo Walter Neves batizou, posteriormente, de Luzia. Atualmente, Luzia é o fóssil humano pré-histórico conhecido mais antigo do Brasil, datado de 11 mil anos. Luzia “sobreviveu” ao incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro e ainda faz parte do acervo da instituição.

 
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