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Como tudo começou
20 Maio 2013 | Por Luís Alberto Prado
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LIMITE-CARTAZCineclube é uma entidade de cunho cultural que surge nos anos 20 do século XX na França e que estimula os seus membros a ver, discutir e refletir sobre o cinema. Já no Brasil, o movimento toma forma em 13 de junho de 1928 por meio do Chaplin Club, no Rio de Janeiro. Tudo sob a égide das três regras que norteiam sua ação: não ter fins lucrativos, possuir estrutura democrática e exercer um compromisso cultural ou ético. Historicamente, os cineclubes foram responsáveis pela formação cinematográfica de grandes realizadores. Entre eles, destacam-se Glauber Rocha, Cacá Diegues, Jean-Luc Godard e Wim Wenders.

Porém, já na década anterior, em 1917, no Rio de Janeiro, Adhemar Gonzaga, Pedro Lima, Paulo Vanderley e outros intelectuais organizavam um grupo que frequentava os cinemas Íris e Pátria, com discussões após as exibições, na casa do colecionador de filmes Álvaro Rocha. Apesar de se utilizarem de métodos consagrados pelo cineclubismo, foi com a fundação do Chaplin Club que se caracterizou, efetivamente, o início da atividade no Brasil. O grupo de fundadores era composto por Plínio Sussekind Rocha, Otávio de Faria, Almir Castro e Cláudio Mello, personalidades de grande prestígio no meio cultural carioca da época, fazendo com que o cineclube alcançasse forte repercussão.

Em 1931, o Chaplin lança o filme brasileiro mais importante do período: Limite, de Mário Peixoto. A sessão aconteceu no majestoso Capitólio, de Francisco Serrador. Mas foi somente em 1940 que Paulo Emílio Salles Gomes, Décio de Almeida Prado e Lourival Gomes Machado fundam o Clube de Cinema de São Paulo. A iniciativa partiu do meio acadêmico, da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, estando intimamente ligada a um momento de grande agitação cultural na capital paulista.

Nos anos de 1960, no Brasil, o Movimento Cineclubista experimenta um processo de intensa rearticulação, resultando na reorganização do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, entidade cultural sem fins lucrativos e filiada à Federação Internacional de Cineclubes (FICC). A partir daí, sugere-se uma nova forma de se relacionar com o cinema, o início de uma reflexão crítica e coletiva, propondo outra forma de exibição e apreciação de filmes.

De igual modo, os cineclubes tiveram ainda importante papel para o cinema nacional, divulgando a ideia de uma qualidade estética na produção e se tornando uma alternativa real ao circuito de exibição comercial. Além disso, se consolidou como um espaço de incentivo à pluralidade da atividade cinematográfica, garantindo sua difusão.

 
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