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Olimpíada de Robótica incentiva a programar futuro melhor
26 Abril 2017 | Por Larissa Altoé
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Exemplo de robô usado nas competições da OBR

A tarefa mexe com a imaginação: construir um robô (uma máquina automática controlada por circuitos integrados) e fazer com que ele cumpra a missão de resgatar um objeto, vencendo uma série de obstáculos. Esse é o desafio aceito por três mil equipes do Ensino Fundamental e Médio de todo o país para participar da modalidade prática da Olimpíada Brasileira de Robótica, uma iniciativa pública, gratuita e sem fins lucrativos.

“Dia após dia, recebemos mensagens e testemunhos de como a participação na OBR vem ajudando alunos, professores e escolas a mudar em vários aspectos. Para participar é preciso aprender mais matemática, física e programação. Mas os benefícios vão além: há relatos de redução de violência nas escolas, aumento de autoestima, capacidade de se organizar, planejar atividades, trabalhar em equipe, lidar com problemas reais e com a frustração”, enumera Rafael Aroca, coordenador nacional da olimpíada e professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de São Carlos.

Como fazer seu robô

Final da OBR 2016 em Recife

No site do evento há material para orientar o desenvolvimento dos robôs. Em um dos manuais, lê-se: “Nosso maior desafio e objetivo é tornar o Brasil um forte protagonista das transformações tecnológicas do futuro, capacitando os alunos com a robótica desde seus primeiros anos de vida”. Rafael Aroca conta que “o Rio de Janeiro, apesar de ser uma das cidades com maior número de escolas do país, participa com poucos representantes. Em 2016, foram 91 escolas do estado, sendo 33 delas da capital. Isso dá um total de 2.393 alunos, sejam de escolas públicas ou de unidades privadas. Somente duas escolas eram da Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro”.

Uma delas é a E.M. Rivadávia Corrêa (1ª CRE), no Centro. Clayton Botas, professor de Matemática, é o responsável pela preparação de estudantes para a OBR. “Participamos há três anos da modalidade teórica porque o material para a modalidade prática é muito caro, importado. Acho interessante fazer a prova, pois o conteúdo proposto é diferente do que os alunos estão acostumados – mostra um pouco de linguagem de programação, com conteúdos em inglês. Eles se interessam e estudam mais. Em três anos de participação, conseguimos duas medalhas de honra ao mérito”. A outra escola municipal que participou da última edição foi a E.M. Princesa Isabel (10ª CRE), em Santa Cruz.

Segundo a coordenadora da OBR para o Rio de Janeiro, professora de Engenharia Elétrica da PUC-Rio e de Ciência da Computação da Uerj, Karla Figueiredo, em 2016, foram 207 equipes inscritas no estado, sendo que 63 delas chegaram à final estadual. Dessas, dois times do Ensino Médio e outros dois do Ensino Fundamental seguiram para a fase nacional. “As crianças amam participar! E aprendem de fato – se a equipe não tiver trabalhado na construção e programação do robô, não conseguirá em poucos minutos ajustar as alterações no código para que a máquina cumpra a tarefa predeterminada. Há um elemento-surpresa que precisa ser ajustado na hora da competição. Todos aprendem que é divertido fazer tecnologia”.

As equipes possuem, no mínimo, dois alunos e, no máximo, quatro. A modalidade prática é dividida em duas fases: estadual e nacional. A fase estadual para o Rio de Janeiro acontece na PUC, e a disputa final em 2017, com as melhores equipes do Brasil, será em Curitiba, no Paraná. Cada estado tem direto a pelo menos duas vagas, uma para o Ensino Fundamental e outra para o Ensino Médio. “Em quase todos os anos conseguimos chamar mais equipes de cada estado, mas isso só é definido após as etapas estaduais, quando já temos mais informações dos estados e da estrutura da final nacional”, conta Rafael Aroca. As inscrições estão abertas no site obr.org.br até 20 de maio.

 

Crianças pequenas participam da OBR e se familiarizam com a tecnologia

Robótica para iniciantes

A Olimpíada também está aberta a estudantes que não sabem construir e programar robôs. A modalidade teórica é composta por provas que apresentam a robótica como uma “ferramenta para ajudar a aprender”. São seis níveis, desde o 1º ano do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, e os professores das escolas participantes aplicam os testes simultaneamente nas instituições de ensino onde trabalham. O conteúdo programático está disponível no site da OBR. As modalidades prática e teórica são independentes e os estudantes podem se inscrever em ambas.

 

Links:

OBR

Documentos para a construção dos robôs

Conteúdo modalidade teórica

Detalhes sobre a inscrição

 
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