A palestra da tarde de terça-feira (19) da V Semana de Alfabetização da Cidade do Rio de Janeiro contou com a participação de Ludmila Thomé de Andrade, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Educação pela Universidade de Paris VIII, e as professoras da Rede Pública Municipal de Ensino Simone Werneck, da E.M. Paulo Freire (4ª CRE), e Raquel Moraes, da E.M. São Domingos (3ª CRE), para refletir e destacar práticas de alfabetização nos primeiros anos do Ensino Fundamental.
Primeiramente, as professoras da SME apresentaram suas experiências de alfabetização. Simone Werneck falou sobre as peculiaridades nas práticas diárias de alunos do 1º ano. "Eles chegam com medo da escrita, de errar, de não conseguir. Então, o trabalho inicial é encorajá-los", reforçou Simone, que opta por usar parlendas, canções e textos de fácil memorização em sala de aula. A partir do acompanhamento da escrita de palavras, por meio de textos e atividades produzidas por seus alunos desde o início do ano letivo até o mês de agosto, a professora fez uma breve análise da evolução dos estudantes.
Em seguida, Raquel Moraes detalhou seu trabalho na E.M. São Domingos, que privilegia rodas de conversa e valoriza diferentes gêneros textuais, considerando e utilizando sugestões dadas pelos alunos. "É importante partir de momentos que são significativos para eles. Quando há um aniversariante do dia, eles pedem para fazer um cartão, por exemplo. Quando levei um livro de curiosidades, um aluno propôs que fizéssemos uma Roda de Curiosidade semanalmente, o que foi logo atendido. Algumas perguntas eu respondo na hora. Outras, digo que não sei e, depois, levo a informação, inclusive com fotos, objetos e vídeos", comentou Raquel, que também reforçou a importância de o mural da escola refletir o trabalho dos alunos. "Esse deve ser um local para as produções das crianças, para elas se verem e se identificarem."
Outro projeto da escola é a Mostra de Livros anual, na qual as crianças exibem suas obras. "É importante que eles tenham esse vislumbre, que percebam que podem escrever. A Mostra valoriza as produções escritas pelas crianças e marcam o lugar da criança enquanto escritora."
Já Ludmila Thomé de Andrade, da UFRJ, destacou a importância da oralidade no processo de alfabetização, destacando suas três dimensões: as interações, que a especialista julga a mais importante; a variedade linguística (que incita uma reflexão sobre o preconceito linguístico e sobre, nas palavras de Ludmila, "o que o professor está fazendo com a linguagem que as crianças trazem"); e as semioses da língua, a passagem da oralidade para o grafismo. "A oralidade é onde estamos banhados para fazer nascer o processo de alfabetização", reforçou Ludmila.
A professora da UFRJ defendeu que os docentes levem as experiências desejadas pelas crianças para discussões no âmbito da sala de aula, percebam as dificuldades e os questionamentos dos alunos. "É importante deixar acontecer o chamado epilinguístico – tudo o que é comentado, opinado, as hipóteses que surgem e são colocadas pelas crianças de maneira espontânea. Assim fazemos a criança desenvolver o linguístico."
Ludmila ressaltou a necessidade de, por uma didática da alfabetização, o professor reinventar a alfabetização, acompanhando o que acontece no mundo e levando essa "vivacidade" para a sala de aula. Ele também deve estar pronto para "desinventar" o que está estagnado, engessando as práticas pedagógicas.
"Não é preciso abandonar tudo o que sabemos para reinventar, mas, sim, fazer as coisas acontecerem de maneiras diferentes, pensar sempre se nossos métodos podem ser enriquecidos. Os professores devem estar prontos para transformar suas práticas. Há muitas formas de alfabetizar, há estilos autorais e singulares de cada professor, vai ser sempre diferente. Até um mesmo professor é diferente em cada turma. A alfabetização das crianças é a alfabetização que o professor tem no coração”, destacou.
29/09/2017
Erivelto da Silva Reis, do projeto PAA – Produção de Acervo de Áudio, da FIC, orienta professores a produzirem obras que possam ser disponibilizadas para pessoas com deficiência visual.
V Semana de Alfabetização
28/09/2017
A alfabetização pelo corpo e a importância da sensibilidade e da atenção do professor aos movimentos dos alunos. Tania Nhary, doutora em Educação, sugere atividades.
V Semana de Alfabetização
28/09/2017
A leitura de mapas e a cartografia participativa, que se baseia nas relações afetivas, podem servir de apoio ao processo de alfabetização.
V Semana de Alfabetização
27/09/2017
Atividades desenvolvidas em duas escolas municipais são exemplos de abordagem mais enriquecedora e eficaz no ensino das primeiras letras.
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26/09/2017
Em oficina sobre alfabetização científica, educadora Sandra Regina dos Santos apresenta experiências que ajudam a despertar o interesse das crianças por ciências.
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25/09/2017
Há mais de quatro anos, grupo dedicado a esse segmento pesquisa o perfil dos alunos e desenvolve reflexão com base em autores brasileiros.
V Semana de Alfabetização
25/09/2017
Uma reflexão sobre as relações entre ensinar e aprender, com o objetivo de avançar na produção de propostas que busquem novos parâmetros para um trabalho com a leitura e a escrita na escola pública carioca, e concomitantemente deem continuidade ao processo de alfabetização comprometido com a apropriação de conhecimentos das diferentes áreas do conhecimento como base para a produção de novos saberes. Destaque especial para o papel do Coordenador Pedagógico como orientador do trabalho desenvolvido nas turmas de alfabetização, como garantia da presença viva do diálogo nas situações de interlocução, vinculado direta ou indiretamente, com as necessidades, lutas e conquistas das crianças cariocas. Palestrante: Cecilia Goulart (UFF).
V Semana de Alfabetização
22/09/2017
Cecilia Goulart, da UFF, conquistou a plateia ao ressaltar a importância do professor e o protagonismo das crianças no processo de alfabetização.
V Semana de Alfabetização
22/09/2017
Uma reflexão sobre propostas inclusivas e sobre as questões específicas da Educação Especial e da inclusão da pessoa com deficiência. Uma educação inclusiva deve ser fundamentalmente de caráter universal e considerar as especificidades dos estudantes. Palestrante: Márcia Marin Vianna (Colégio Pedro II). Professoras convidadas: Maria Cândida Bandeira (E.M. Claudio Besserman Vianna) e Luciane Frazão (Ciep João Batista dos Santos). Palestra proferida na manhã de 21 de setembro.
V Semana de Alfabetização
22/09/2017
Professores da Rede aperfeiçoaram seus conhecimentos a respeito da surdez e da Língua Brasileira de Sinais.
V Semana de Alfabetização
21/09/2017
Palestra da V Semana de Alfabetização reforça a importância do trabalho colaborativo com o professor de sala de aula.
V Semana de Alfabetização
21/09/2017
Uma reflexão sobre as práticas escolares propostas para a alfabetização que ampliem o conhecimento e a apropriação dos espaços vividos pelas crianças, explorando a localização, a organização e suas possíveis representações. A apropriação desses espaços socialmente ocupados se completa com o domínio das instâncias históricas (passado/presente). Palestrante: Maria de Lourdes Araújo Trindade (Unesa). Professoras convidadas: Ana Maria Balla (E.M. Professor Visitação) e Denise Barreto (Ciep Pontes de Miranda). Palestra proferida na manhã de 20 de setembro.
V Semana de Alfabetização
20/09/2017
Professoras demonstraram a importância da disciplina no trabalho com crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
V Semana de Alfabetização
19/09/2017
Reflexões sobre a orientação dos documentos oficiais e as contribuições da didática da Matemática para um trabalho significativo com a Matemática no cotidiano escolar dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Palestrante: Flávia Renata Coelho (SME-Caxias). Professoras convidadas: Gizele Gonçalves Posta Lopes (E.M. Maria Florinda Paiva da Cruz - 7º CRE) e Rafaella Alves Luzia da Silva (Ciep Gregório Bezerra - 4ª CRE). Palestra realizada na manhã de 19 de setembro.
V Semana de Alfabetização
19/09/2017
Abertura do evento com a participação do secretário municipal de Educação, César Benjamin, da subsecretária de Ensino da SME, Nazareth Vasconcellos, e da gerente de Alfabetização da SME, Cristina Lima. A conferência proferida pelo professor Luiz Antonio Gomes Senna (Uerj) refletiu sobre os processos de apropriação da língua escrita experimentados pelas crianças em fase inicial da sua escolarização no contexto urbano carioca, relacionando as experiências culturais dos alunos às aprendizagens da leitura e da escrita.
V Semana de Alfabetização
18/09/2017
Palestra inicial se concentrou na dificuldade infantil para aquisição da escrita.
V Semana de Alfabetização