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Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
Sankofa
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Sindicalista Chico Mendes - 10ª CRE
Avenida João Xxiii S/nº - Santa Cruz
UNIDADE ESCOLAR VOCACIONADA
Unidade não vocacionada
AUTOR(ES)
Max Porphirio
Possuo graduação, mestrado e doutorado em História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Sou membro do Grupo de Estudos sobre o Agro Contemporâneo (GEAC), do Núcleo de Estudos sobre Capitalismo, Poder e Lutas Sociais (NECAP) e do Programa Sephis. Fui Professor Substituto, na área de História da América, do Departamento de História e Relações Internacionais, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Atualmente sou professor das redes municipais de Seropédica e do Rio.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
PEF - Anos Finais - História
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
7º ano
HABILIDADES
7º ano - História - Analisar as dinâmicas de comércio de escravizados, identificando os agentes responsáveis pelo tráfico, as regiões africanas de procedência dos escravizados e as consequências do comércio de escravizados a partir do conceito de diáspora africana.
7º ano - História - Caracterizar os interesses dos povos originários do Brasil, valorizando seus hábitos culturais e sociais.
7º ano - História - Conhecer a diversidade das experiências históricas na África, suas organizações sociais e políticas.
7º ano - História - Identificar a complexidade e as interações entre as sociedades americanas, europeias, africanas e asiáticas no contexto das Grandes Navegações, procurando identificar aspectos e processos específicos das sociedades africanas e americanas antes da chegada dos europeus: organização social, desenvolvimento de saberes e técnicas.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Setembro/2023 até Novembro/2023
Objetivo(s), em consonância com as Diretrizes Curriculares para as Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira, africana e indígena
Durante a análise das dinâmicas da escravidão e a formação do Brasil colonial focalizamos na construção positiva da identidade negra. A partir dos cursos sobre adolescência oferecidos pela Escola Paulo Freire ficou evidente que os alunos adolescentes estão buscando um novo sentido para a sua existência e que esse processo é, ao mesmo tempo, individual e coletivo. Nesse sentido, construímos o projeto para oferecer novos referenciais positivos da raça negra, sabendo das dificuldades que os nossos alunos possuem em enxergar o negro pelo viés do belo (dificuldade esta que resulta de um projeto secular de embranquecimento do nosso país). Cabe destacar que tivemos, sobretudo, o cuidado de apresentar referências (e não impor identidades), estimulando o protagonismo juvenil.

A fim de atingir diferentes habilidades de priorização curricular, que dialogavam entre si, criamos uma unidade temática "Escravidão e formação do Brasil colonial". Nas primeiras aulas dessa unidade, debatemos o primeiro episódio da série "Guerras do Brasil.doc" e o filme "Amor e Fúria", que apresentam as principais características e a complexidade dos povos originários do Brasil e como essas características foram (e são) intensamente combatidas pelos europeus. O filme "Amor e Fúria" serviu de link para a construção da aula sobre escravização da população negra (pois ele retrata a ação dos negros na Balaiada e suas lutas contra a opressão). Nas aulas seguintes discutimos o segundo episódio da série "Guerras do Brasil" e dois episódios da série "Rainhas Africanas" (sobre a rainha Nzinga). Estes filmes foram exibidos com o objetivo de apresentar dois importantes aspectos positivos da cultura negra, a resistência e a resiliência, e reforçar que fomos reis e rainhas (além de conhecer a diversidade das experiências históricas africanas e entender a dinâmica do tráfico de escravizados).

Após essa série de aulas os alunos estavam preparados para construir a atividade "Sankofa". Com o apoio da atividade 11, da página 167, da apostila do 2º semestre/7º ano, que apresenta a obra do artista Luang Senegambia, expliquei o que era "Sankofa" e pedi que os alunos elaborassem desenhos que retratassem os negros contemporâneos.

Os desenhos foram colocados em mural, o "Sankofa". Em um primeiro plano podemos dizer que a exibição de seus desenhos em lugar de destaque reforçou duplamente suas identidades. Primeiro, por legitimar como arte e como valorada a sua pintura; segundo, por colocar a população negra em um lugar de destaque, de valorização dentro da comunidade escolar. Os relatos dos alunos reforçam essa análise ao destacarem:

- a beleza negra - "bom eu não sou preta, mas conheço pessoas que são e eu acho em si um preto ou uma preta bonita";

- a cultura rica, reconhecendo o cabelo como símbolo de resistência e resiliência - "o corte do jaca que tá na moda anos já" ou "as tranças da cultura africana carregam uma bagagem ancestral muito forte e hoje em dia continuam trazendo o significado da sobrevivência";

- a ancestralidade "real" - "Yemanjá, uma das rainhas da água, uma figura bem cultuada e muito respeitada";

- a conexão com a população indígena - "a pequena sereia significa uma princesa negra e indígena"

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