Esta experiência foi marcada pela expectativa do desejo do retorno, a partir da alegria que emergiu no primeiro encontro, com a fluidez do pensar, das trocas, da escuta, das reflexões.
Resgatamos algumas concepções históricas e conhecimento acerca do entendimento do que era/é Currículo, de como foi/é construído a percepção da sua dimensão pensando o cotidiano da escola, reverberando uma aspiração sócio histórica e cultural.
Diversos relatos sobre práticas foram dados, perpassando por memórias, que eram estabelecidas sem significado para o sujeito criança, reproduzidas ao longo do tempo porque anteriormente a visão era totalmente pelo viés do adulto, sem validar a autoria das crianças e sua construção do conhecimento para o seu desenvolvimento.
Compartilhamos algumas impressões do que considerávamos potente para as crianças e afirmarmos a construção de um Currículo para a Primeira Infância, com intencionalidades pautadas nesse tempo histórico, em diálogo com os documentos orientadores.
Exploramos a partir de um jogo proposto, que marcou a nossa experiência coletiva deste dia pela energia brincante, reflexões sobre elementos importantes na construção de um currículo para a Educação Infantil, como: interações, brincadeiras, ambientes, autonomia, natureza, materialidades, PPP, inclusão, planejamento, registros, gestão, formação, experiências etc. Com isso, não negá-los quando a realidade da escola precisa corroborar com a sociedade que vislumbramos, pela experiência do indivíduo, da democracia, da diversidade.
Ao refletirmos sobre as vivências da pré-escola, sobre o desenho da sua estrutura efetiva na nossa Rede, que abrange espaços de creches, EDIs e escolas do Ensino Fundamental, sobre as narrativas docentes, pudemos perceber uma necessidade emergente de refinar as aproximações das práticas pedagógicas ao Currículo Carioca e diminuir os distanciamentos que ocasionam tensões curriculares, fomentadas a partir de concepções sobre Currículo na Educação Infantil.
A figura da criança protagonista, que compreende, elabora e constrói hipóteses sobre o mundo que a cerca, sobretudo no processo de aprendizagem da leitura e escrita, ainda é uma construção a ser fortalecida na docência, pois a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, transição biológica inclusive dos 5 anos para os 6 anos é marcada pela antecipação de experiências ao tempo de maturação provocada pelo adulto, no anseio de responder aspirações culturais da visão de criança, sujeito que recebe o conhecimento dado, mas não o constrói.