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Boas Práticas
Educação das Relações Étnico-Raciais
Nossas Raízes: pela descolonização da escola a partir do reconhecimento identitário em narrativas afrodiaspóricas de literaturas infanto-juvenis
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Mario Claudio - 1ª CRE
Rua Haddock Lobo 148 - Rio Comprido
UNIDADE ESCOLAR VOCACIONADA
Escola do Programa Bilíngue
AUTOR(ES)
Andrea Maria Tavares; Carla de Sousa Pizzorno; Gabriela Souto Maior e Oliveira; Maria Emília Pereira Limeira Martins.
Somos quatro professoras cariocas, formadas em Pedagogia, todas com pós-graduações que envolvem a área da educação, como psicopedagogia, psicoterapia junguiana, neurociências e educação ambiental. Nossos estudos e práticas se interlaçam, pois são permeados pelo desejo em aprimorar nossas práxis em busca de educações que façam sentido para nossos alunos. Acreditamos na educação para a descolonização (RUFINO, 2021), com pés nos múltiplos territórios que são nossos na partilha com outros seres.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
Professoras de Ensino Fundamental - PEF Anos Iniciais
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
1º ano
2º ano
3º ano
4º ano
5º ano
HABILIDADES
1º ano - História - Reconhecer as relações pessoais, familiares e comunitárias com os ambientes naturais e humanos que frequentamos.
1º ano - História - Relacionar brincadeiras e jogos do seu cotidiano familiar, escolar e comunitário com as que existiam em outros tempos e lugares.
1º ano - História - Valorizar a existência da diversidade, reconhecendo caracteres identitários básicos e discutindo regras de convivência para diferentes espaços.
1º ano - Língua Portuguesa - Antecipar o assunto de um texto com base no título, subtítulo e imagem.
1º ano - Língua Portuguesa - Elaborar coletivamente produções textuais a partir de histórias lidas ou ouvidas, assumindo diferentes papéis (professor como escriba/aluno como escritor).
1º ano - Língua Portuguesa - Identificar o assunto de um texto lido ou ouvido.
3º ano - História - Organizar histórias da família, da escola ou da comunidade em diferentes tempos, utilizando marcadores temporais com os quais se identifiquem.
3º ano - História - Reconhecer situações cotidianas, em seus grupos sociais, capazes de proporcionar mudanças, pertencimento e memórias.
3º ano - História - Relacionar brincadeiras e jogos do seu cotidiano familiar, escolar e comunitário com as que existiam em outros tempos e lugares.
3º ano - Língua Portuguesa - Antecipar o assunto de um texto com base no título, subtítulo e imagem.
3º ano - Língua Portuguesa - Narrar fatos expressando noções de temporalidade e causalidade.
3º ano - Língua Portuguesa - Planejar, individual e coletivamente, a produção de textos escritos tendo como critérios: a finalidade, o gênero e o interlocutor.
5º ano - História - Compreender o conceito de cidadania e dos direitos humanos como conquistas históricas construídas socialmente, buscando aproximar esses temas com exemplos da realidade cotidiana do estado do rio de janeiro.
5º ano - História - Identificar os processos de formação de diferentes culturas e povos, relacionando-os à história do estado do Rio de Janeiro, buscando entender a importância do papel das diversas culturas na formação da população desse estado.
5º ano - História - Valorizar o respeito à diversidade e à pluralidade da sociedade brasileira, buscando exemplo de aplicação desses pressupostos no cotidiano da vida social e escolar.
5º ano - Língua Portuguesa - Identificar a finalidade (função social) de um texto e seu público-alvo.
5º ano - Língua Portuguesa - Produzir textos, individual e coletivamente, com uma sequência lógico-temporal (início, meio e fim: presente, passado e futuro).
5º ano - Língua Portuguesa - Reescrever o texto, levando em conta o proposto na revisão textual.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Março/2023 até Novembro/2023
Objetivo(s), em consonância com as Diretrizes Curriculares para as Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira, africana e indígena

? Contribuir para a efetivação da Lei 10.639 na Escola Municipal Mario Claudio;

? Estabelecer diálogos entre toda a comunidade escolar sobre a importância da descolonização de saberes desde a infância;

? Contribuir para o fortalecimento identitário das crianças na Escola Municipal Mario Claudio;

? Elaborar os Valores Civilizatórios Afro-Brasileiros, de Azoilda Loretto Trindade, e promover a sua práxis pedagógica de reumamização negra.

? Ampliar o repertório cultural dos nossos alunos em todas as suas vertentes artísticas e promover o reconhecimento das matrizes africanas e ameríndias como uma herança cultural e civilizatória que ao longo do tempo foram ressignificando a nossa diversidade cultural a partir dos diferentes povos que aqui chegaram ou já estavam.

? Contribuir com a formulação de um novo PPP na instituição.

O ponto de partida é a contação de histórias pelas professoras, que hoje contam também com práticas de discentes bolsistas do Programa PIBID da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/ UNIRIO, cuja temática antirracial se relaciona a partir da escolha pelas literaturas, assim como preconiza o desenvolvimento de habilidades em leitura e escrita.

As atividades narradas aqui fazem parte de um projeto que se encontra em andamento e possui por objetivo geral a formulação de um novo PPP para a escola, que possua por valor a formação de estudantes leitores não só das letras, mas de suas realidades, ampliando suas visões de mundo. Da formação de estudantes críticos e reflexivos, partindo de seus lugares de vivência, como a escola e seus territórios, contando com personalidades da comunidade escolar, suas famílias e da sociedade em geral que possam vir a contribuir, esperamos colher ideias para a construção de uma escola mais justa, já que consciente de sua potência emancipadora e agenciadora de mudanças sociais a partir das crianças e para as crianças. Como culminância geral dos caminhos percorridos ao longo do ano, realizamos uma atividade interturmas de “Oficina de Turbantes”. Iniciou-se com a contação de algumas histórias que versam sobre a origem do acessório desde suas possíveis primeiras origens no islamismo e no Sikh indiano, e ensinou-se como fazer uma amarração, a partir de um vídeo disponível no Rioeduca na TV no canal da Multirio.

Diminuição dos conflitos que ocorriam em decorrência de ofensas praticadas entre os discentes pelo tom da pele ou textura do cabelo; melhora na auto-estima de alguns e nas práticas de cuidado individuais e uns com os outros; maior interesse dos alunos nas histórias contadas, e interesse nas conversas sobre os livros, nos autores e ilustradores; interesse em relacionar situações das histórias às suas realidades. O interesse pelas histórias ouvidas trouxe o desejo de fazer o mesmo em algumas alunas, com um um projeto de contação de histórias para crianças menores em outras turmas, assim como a vontade de produzirem textos autorais onde falassem sobre suas vivências a partir de textos narrativos, incluindo alunas que se interessaram pelo gênero “poesia” com sentido de resistência, e hoje produzem seus textos; reconhecimento das ancestralidades, colorismo, e a importância do povo negro na economia e na cultura do país; autorreconhecimento étnico-racial e os desdobramentos sociais
Referências Bibliográficas

ANDRADE, I. P. Uma aventura do Velho Baobá. Pequena Zahar Cia das Letras, 2021.

BARBOSA, R. A. Kakopi, Kakopi! Brincando e jogando com crianças de vinte países africanos. Melhoramentos, 2019.

FRANÇA, R. O Pequeno Príncipe Preto. São Paulo: Nova Fronteira, 2020.

hOOKS, B. Meu crespo é de rainha. 1ª Edição – São Paulo, SP, Boitatá, 2018.

LUYKEN, C. Uma árvore em mim. Fábula, 2021.

NOGUERA, R. O poder da infância: espiritualidade e política em afroperspectiva. Momento: diálogos em educação, E-ISSN 2316-3100, v. 28, n. 1, p. 127-142, jan./abr., 2019

PINHEIRO, Barbara Carine Soares. Como ser um educador antirracista. São Paulo, Planeta do Brasil, 2023.

RUFINO, L. Vence-Demanda: educação e descolonização. 1ª ed. Rio de Janeiro: Mórula, 2021.

TRINDADE, Azoilda Loretto da. Valores civilizatórios afro-brasileiros na educação infantil. In: Valores afro-brasileiros na educação. Boletim 22. Minas Gerais: Teia UFMG, 2005.

Registros
IMAGENS
Placa definição de afeto, no baobá dos afetos
Baobá dos afetos
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Recriação da lenda do Baobá em HQ
Aluna pinta colega durante a Oficina de Turbantes
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O Pequeno Príncipe Preto
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