O trabalho foi realizado nas turmas de PEJA I e II da Escola Municipal Professor Gilberto Bento da Silva. Entendendo que a aprendizagem acontece de diferentes maneiras e quanto mais possibilidades são exploradas, melhor para a formação do aluno, a roda de conversa colabora para desenvolver mais autonomia e coletividade, é uma ótima metodologia que pode ser aplicada na educação de jovens e adultos. Elas funcionam como um importante instrumento de aprendizagem onde é possível construir um ambiente de diálogo, com trocas e muita escuta, consolidando um espaço dentro da sala de aula onde o discente se sinta confortável em expor suas ideias acerca dos mais variados assuntos escolhidos no decorrer do ano letivo pelos dinamizadores. Ao invés de somente escutar o que os professores estão ensinando, os estudantes têm a oportunidade de dar a sua opinião, ouvir e aprender com os colegas. Esse tipo de atividade funciona como metodologia ativa onde o aluno é protagonista do que aprende, trazendo aspectos de sua própria realidade para dentro de sala. Tendo em vista que a Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade que surge como um instrumento de resgate da cidadania de brasileiros excluídos do sistema educacional, que apresentam dificuldades de aprendizagem causadas por problemas sociais, políticos e pedagógicos, urge a necessidade do uso de metodologias que sejam facilitadoras e estimulem a permanência destes estudantes no sistema de ensino diminuindo a evasão, um dos grandes problemas encontrados nas políticas da Educação de Jovens e Adultos. A equipe Proinape optou por trabalhar temas que promovem a saúde física e mental como doenças sexualmente transmissíveis paralelo ao estudo anatômico do corpo humano e sexualidade, efeitos do álcool e outras drogas, primeiros socorros, acidentes domésticos e todas as temáticas envolvendo os meses de conscientização como setembro amarelo, por exemplo. A roda de conversa, além de um espaço reflexivo e participativo, ainda servia como espaço para a realização de dinâmicas e produção de atividades sempre em consonância com os blocos de aprendizagem dos alunos.
A análise das atividades revelou grande conhecimento por parte dos alunos/as que, mesmo com pouca afinidade com o conhecimento produzido teoricamente, demonstraram discernimento e sensatez em suas colocações e reflexões. É possível observar que essas práticas permitem profundas mudanças e a partir delas observamos que cada aluno é um ser único, diferenciado e em constante processo de transformação social e intelectual.