JAQUELINE DA SILVA MEDEIROS
Mestra em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (UFRRJ/2023). Especialista em Educação Especial: Desafios e Ações Pedagógicas (FSJT/2021). Aperfeiçoamento em Educação Especial e Inclusiva (CECIERJ/2021). Graduação em Pedagogia (UERJ/2017). Professora de Educação Infantil (SME/RJ). Atualmente exerce a função de Diretora Adjunta do E/CRE(07.16.811)Espaço de Desenvolvimento Infantil do Município do Rio de Janeiro (desde 2020)
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Diretora Adjunta
Viviam Amorim de Souza Cassiano
Pedagoga. Especialista em Educação Infantil. Atualmente exerce a função de Professora Articuladora do E/CRE(07.16.811)Espaço de Desenvolvimento Infantil do Município do Rio de Janeiro (desde 2020). Professora Brincante desde 2002.
CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR: Professora Articuladora - PA
A prática foi realizada com as crianças de 4 e 5 anos de idade do EDI Cidade de Lídice, onde no início do ano letivo foi percebido a dificuldade de expressar seus sentimentos diante da adaptação ao novo ambiente escolar, resultando em comportamentos como Choro e birras. O público envolvido incluiu as crianças do Pré I e II, e a equipe pedagógica que auxiliou no planejamento e na condução das atividades.
A metodologia adotada foi baseada em atividades lúdicas e interativas, que promoviam o reconhecimento e a expressão das emoções. Utilizamos livros ilustrados, fantoches, músicas e espelhos para introduzir conceitos como alegria, tristeza, raiva e medo. Criamos “cantinhos de emoções” e momentos de roda de conversa para que as crianças pudessem refletir e compartilhar suas experiências emocionais. Além disso, atividades com caixas de sentimentos permitiram que as crianças identificassem e expressassem suas emoções de maneira visual, facilitando o diálogo e a autoconsciência.
As competências e habilidades desenvolvidas incluíram o autoconhecimento emocional, a empatia e a comunicação não violenta. As crianças aprenderam a nomear e verbalizar suas emoções, além de identificar os sentimentos dos colegas, o que contribuiu para a redução de comportamentos agressivos e para a construção de um ambiente mais colaborativo. Ao longo da prática, notamos um aumento significativo na capacidade de expressar-se verbalmente e de ouvir os outros, demonstrando compreensão e respeito.
Essa prática se articula diretamente com o projeto político-pedagógico da unidade escolar, que visa ao desenvolvimento integral das crianças, com ênfase na educação emocional e na convivência social. Ao promover um ambiente acolhedor e seguro, a prática fortaleceu os valores de respeito mútuo, empatia e resolução pacífica de conflitos, essenciais para a formação cidadã e o desenvolvimento global das Crianças.
A prática revelou resultados bastante positivos, pois aos poucos, as crianças passaram a verbalizar suas emoções com mais frequência e clareza. Algumas crianças que antes recorriam à agressão começaram a buscar palavras para expressar sua raiva ou frustração. Durante os momentos de roda de conversa, as crianças demonstraram empatia pelos colegas, oferecendo consolo ou ajuda.
Alguns comportamentos agressivos ainda se mantiveram em situações de conflito, especialmente quando as crianças se sentiam frustradas. No entanto, houve progresso na capacidade de identificar esses momentos e se acalmar, utilizando os cantinhos de emoções.
A prática revelou a importância de criar mais momentos para escuta individualizada, especialmente para crianças que têm maior dificuldade em expressar o que sentem. O uso de ferramentas visuais, como os fantoches e a caixa de sentimentos, foi fundamental para ajudar as crianças a compreender e externalizar sentimentos.
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