Sou licenciada em História, com pós-graduação em História da África e do Negro no Brasil e em Gestão Escolar. Sou professora na SME-Rio e exerço a função de diretor IV na E.M. Barão de Santa Margarida (9ª CRE) em Cosmos.
Apaixonada por Educação e pela inovação nos métodos e práticas de aprendizagem, enxergo na conectividade a importância e necessidade de criarmos conhecimento e mecanismos que possibilitem a integração entre mídia e educação.
Considerando o cenário da pandemia, percebi a necessidade de privilegiar o trabalho digital para alcançar o alunado. O acesso à mídia e a suas possibilidades proporcionou à nossa unidade escolar condições igualitárias no que diz respeito à apreensão do conhecimento, diminuindo, assim, a desigualdade de acesso.
A ideia do Se Liga, Barão! surgiu como ferramenta pedagógica para um trabalho inter e transdisciplinar. A proposta foi apresentar debates de temas relacionados às vivências na comunidade escolar; trabalhar o protagonismo, o posicionamento intelectual e crítico do cidadão; melhorar a aprendizagem, a busca da melhor forma para repassar determinados conceitos e reflexões da atualidade; e formar leitores ativos e, consequentemente, participativos da realidade social.
O jornal Se Liga, Barão! é produzido no contraturno das aulas regulares. O projeto tem a participação dos alunos de 6º a 9º ano e todos participam voluntariamente de sua produção. Na produção os alunos se reúnem com o professor responsável e, de maneira conjunta, direcionam as pautas mensais; dividem-se em grupos para a realização de cada atividade e intercalam cada função para que desenvolvam competências diversas.
As atividades são classificadas em fotografia, pesquisa de campo dentro da escola com professores ou demais funcionários, redação da pauta, digitação e edição do jornal digital.
Dentre os objetivos traçados no início da atividade, estava a conquista de alunos para participar do projeto; a garantia de assiduidade desses alunos; o protagonismo deles na proposta de novas pautas; o desenvolvimento da afinidade deles com a escrita na norma culta padrão e a criatividade.
Tendo em conta o período de realização do projeto do jornal na escola, observou-se um maior interesse de participação dos alunos, além de maior grau de assiduidade nas reuniões. Em março, havia apenas alunos do 7º e 9º ano. Atualmente o jornal conta com a participação de estudantes de todos os anos da unidade.
Nota-se também que os alunos estão se tornando cada vez mais autônomos quando propõem a expansão do jornal pelas redes sociais e apresentam progressos consideráveis na escrita. A formação de grupos mostrou-se efetiva porque torna a atividade mais produtiva, permite a interação e desenvolve competências como resolução de conflitos, trabalho em equipe, organização e proatividade.