A entrada do aluno no sexto ano é um importante momento de passagem para ele e de expectativa para professores e demais profissionais da escola. Para o primeiro, a experiência de uma nova lógica de funcionamento escolar que envolve novos colegas e um número maior de professores e disciplinas numa administração diferente do tempo. Para os últimos, a necessidade de (re)conhecimento de novas identidades individuais, de grupos em formação e suas habilidades cognitivas, emocionais e sociais a partir das quais o trabalho pedagógico será desenvolvido.

Para este trabalho, nossa equipe apostou no desenvolvimento de ações que favorecessem o autoconhecimento dos alunos como forma de valorizar aprendizagens já estabelecidas no primeiro segmento e incentivar novas maneiras de aprender. Esta proposta está em consonância com o eixo do Niap (Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares): Direito de aprendizagem e Permanência na escola.

Utilizamos a metodologia do História, Memória e Cultura, que é um projeto especial do Niap e que privilegia a utilização de múltiplas linguagens tanto nas produções dos alunos quanto no planejamento dos encontros.

Muitas das atividades desenvolvidas foram baseadas em livros da literatura infantojuvenil com desdobramentos a posteriori, tais como: desenhos, registros escritos, registros orais, dinâmicas, atividades artísticas e audiovisuais.

Em todo o processo, os alunos foram incentivados a compartilhar e a valorizar a sua história de vida, bem como a respeitar e a valorizar a história do outro e da comunidade como um todo.

Cabe ressaltar que o planejamento de cada atividade aconteceu a partir de cada encontro, de acordo com as demandas levantadas pelo grupo.

Os encontros, por sua vez, ocorreram uma vez por semana, em um tempo de aula, durante um semestre.