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Boas Práticas
Práticas integradas de assistentes sociais, professores e psicólogos
“Eu sei algo bom sobre você”. O combate ao bullying através do exercício da afetividade cotidiana
Informações
Relato
Resultados Observados
UNIDADE DE ENSINO
EM Alfredo Cesário Alvim - 9ª CRE
Rua Luísa de Marillac 20 Rio da Prata - Campo Grande
Unidade não vocacionada


AUTOR(ES)
Elaine Sena

Olá, me chamo Elaine, sou professora de História na rede municipal de educação do Rio há 12 anos e tenho experiência em coordenação pedagógica e em direção escolar, como adjunta. Concluí especialização em História Contemporânea, participei de cursos de formação em Relações Étnico-raciais e estou fazendo especialização em Neuropsicopedagogia. Atuo no Proinape/Niap da SME-Rio desde 2022.

CARGO/FUNÇÃO DO AUTOR
Professora
ANOS/GRUPAMENTOS ENVOLVIDOS
3º ano
4º ano
OBJETIVOS

  • Refletir sobre realidades tão presentes e recorrentes na escola como a intolerância em ações de seu cotidiano, o endurecimento nas demonstrações de afeto entre seus pares e o julgamento de suas práticas afetivas;
  • Um bom-dia não dado (ou, se dado, ignorado); um riso velado ou escancarado do outro; o ato de ignorar transgressões na tentativa de minimizar impactos emocionais só tornam nossa escola menos amorosa, mais intolerante e sem empatia. E cada vez mais ela se distancia do seu olhar afetivo e amoroso, deixando de ser um lugar de acolhimento e afeto;
  • Por isso, propus uma reflexão sobre o quanto de energia temos gasto com medidas punitivas, em vez de viabilizarmos ações que encham os alunos de empatia e respeito;
  • O processo de aprendizagem passa pela afetividade e a escola precisa de uma pedagogia afetiva que a leve a refletir sobre como nossas ações podem impactar o outro de forma sofrida e negativa;
  • Assim, a proposta deste trabalho se deu através da prática contínua de ações afetivas que deixassem o outro em um lugar de acolhimento constante.

HABILIDADES
3º ano - Anos Iniciais - Identificar nas paisagens do bairro os elementos culturais existentes, comparando as características locais com as existentes em diferentes lugares
4º ano - Anos Iniciais - Planejar, individual e coletivamente, a produção de textos escritos tendo como critérios: a finalidade, o gênero e o interlocutor.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Janeiro/2022 até Novembro/2022

Através de rodas de conversa que utilizam a escuta ativa e afetiva, para que todos possam falar sem se sentir julgados ou punidos, procurei sempre refletir sobre questões como:

  • Como se sente o outro ?
  • O que falo vai torná-lo feliz ou infeliz, podendo se abrir e dizer ao outro como se sentia ao ouvir o que não desejava ouvir?

E a partir daí propus o exercício de "olhar para o meu colega" e ver que, antes de mais nada, há algo de bom nele. E que coisas boas precisam ser ditas tanto ao outro como a nós mesmos, reconhecendo que há muito de bom em cada de um nós.

Ao final da roda de conversa, propus que cada aluno escrevesse seu nome em uma folha de papel para que, em um outro momento, as folhas fossem misturadas e redistribuídas entre eles. Em cada folha recebida cada aluno deveria escrever algo de bom sobre o colega cujo nome constava no alto da folha.

Como alguns alunos eram amigos próximos, ficou mais fácil para eles tecer comentários positivos sobre seus colegas. Outros eram mais distantes, mas ainda assim foi possível ver coisas boas em seus comentários. Ao final, eles compartilharam os comentários e naturalmente se abraçaram, ansiosos por saber o que os outros haviam visto de bom neles.

Buscando criar uma rotina de respeito e afetividade, pude ver como um elogio pode mudar a expressão de um aluno e fazê-lo feliz e querido!

As atividades foram realizadas com turmas de 3º e 4º anos do Fundamental I e com alunos do Fundamental II. E, mesmo com faixas etárias diversas, foi quase unânime a dificuldade de achar algo de bom em si próprio e no outro.

Foi um trabalho contínuo, um exercício diário de multiplicação de afetos. Propus às professoras um Mural do Afeto, onde cada aluno pudesse semanalmente dizer algo de bom sobre seu colega de classe, criando uma corrente de afetividade e empatia.

A escola deve ser um lugar de acolhimento e afeto e é importante que todos nela entrem nessa corrente de dizer algo de bom sobre os outros.

Mas sobram perguntas. E os professores? Reconhecem as habilidades dos alunos e as enaltecem? E os gestores? Ainda que um diretor ou coordenador pedagógico precisem corrigir algo indesejado ou aplicar o regimento, isso é feito com afetividade?

Penso que é possível que a escola cumpra seu papel social, sem que seja um lugar de corações endurecidos.

Referências Bibliográficas

ROSSINI. Maria Augusta Enches. Pedagogia afetiva. Petrópolis, Vozes, 2001.

CANCELIER, S. R.; PERES, L. S. Afetividade: ferramenta para redução da violência escolar. Governo do Paraná, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos PDE, 2014.

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