A partir de uma queixa da direção da E.M. Professor Alfredo de Pires Flores sobre o comportamento de uma turma (Carioca II), uma miniequipe do Proinape da 9ª CRE foi deslocada até a escola para conhecer a equipe pedagógica e os alunos, cujas idades variavam entre 13 e 15 anos. O primeiro passo foi fazer uma roda de conversa para a equipe tomar pé na situação e elaborar uma diagnose dos tópicos que os alunos estavam interessados em discutir.
Assim, temas como diversidade de gênero, bullying, cyberbullying, uso de álcool e drogas, infecções sexualmente transmissíveis e problemas de saúde mental passaram a ser discutidos em encontros quinzenais sob a forma de rodas de conversa, dinâmicas e palestras com exibição de vídeos. Todas as atividades foram planejadas com interlocução constante da equipe gestora e da professora da turma.
Durante o ano, um caso de agressão abalou a turma e duas propostas pedagógicas foram acertadas então. Uma, a produção de um vídeo sobre violência na escola; outra, a montagem de uma fotonovela de revista, cujo conteúdo abordava situações como suicídio, bullying e cyberbullying. A organização de todo esse material levou em consideração a problemática vivida pela turma.
Nas rodas de conversa ficou nítida a importância da ação dos mediadores que privilegiou a fala dos alunos com relação aos conteúdos propostos.
As atividades pedagógicas criaram um espaço positivo para o compartilhamento de ideias e para o exercício da escuta das experiências relatadas pelos alunos.
Ao final do projeto, a equipe pedagógica identificou noa alunos uma proatividade jamais evidenciada em uma aula tradicional. Esse protagonismo desencadeou um processo de reflexão sobre suas escolhas que impactou diretamente as relações de respeito e empatia na turma.