*ESTIMULAR, NO DIA-A-DIA, ATITUDES DE SOLIDARIEDADE, COOPERAÇÃO, ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR;
*EVIDENCIAR RESPEITO MÚTUO COMO CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA O CONVÍVIO SOCIAL;
*ENSINAR PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS COMO RESPEITO AO OUTRO E EXIGÊNCIA DE IGUAL RESPEITO PARA SI;
*DESENVOLVER O CONTROLE E RECONHECIMENTO DAS EMOÇÕES;
*TRABALHAR A DISPOSIÇÃO PARA OUVIR IDEIAS, OPINIÕES E ARGUMENTOS ALHEIOS E REVER PONTOS DE VISTA QUANDO NECESSÁRIO.
É importante deixar claro que o mural das bolinhas foi desenvolvido concomitantemente ao uso das funções na sala de aula. Sendo assim, um projeto depende do outro para acontecer.
A estratégia foi criada para que as crianças pudessem acompanhar diariamente seu comportamento e assim tivéssemos uma espécie de controle sobre sua evolução ou não.
Decidi montar nesse formato pois percebi que o semáforo do comportamento (utilizado por uma amiga na época) não dava conta desse acompanhamento diário. E é o que melhor me atende até hoje. Porém, pode ser adaptado de acordo com a realidade de cada professor.
Ao longo desses anos fui aperfeiçoando a técnica e hoje trabalho com o modelo que será apresentado aqui.
O mural é composto com o nome de todos os alunos + dias da semana separados por colunas de segunda a sexta e 1 coluna extra (para marcar boas ações).
Cada cor de bolinha possui um significado que é explicado previamente à criança e de acordo com os combinados (o que é permitido ou não) montado de forma coletiva com a turma.
Todos os dias é dado uma bolinha para a criança.
Como na minha rotina eu inicio dando visto no dever de casa, todas as crianças que fazem o dever iniciam o dia com bolinha azul. Porém, essa bolinha pode ser trocada ao longo do dia ou no final da aula durante a avaliação coletiva da turma, caso ela desrespeite algum combinado.
As crianças que não fazem o dever de casa iniciam o dia com a bolinha vermelha. Porém, podem recuperar a bolinha azul ao longo do dia caso façam 5 boas ações (atitudes positivas) e, posteriormente, apresentem a atividade realizada (no meu caso, se não for um exercício extenso, no mesmo dia coloco a criança para realizar com a ajuda de um mediador ou tutor da turma. Caso seja um exercício extenso a criança deve apresentar no dia seguinte e apenas após a apresentação da atividade realizada poderá realizar boas ações).
A criança também pode ter a bolinha trocada por algum outro motivo que vai contra os combinados. Se não for algo gravíssimo, também será concedida a oportunidade de realizar boas ações ao longo do dia e recuperar a bolinha azul.
Ao longo do dia mediadores e secretários buscam resolver os conflitos que acontecem, chamam pra conversar, tentam solucionar o máximo possível.
Outros detalhes e desdobramentos da prática estarão no PDF anexado.
Ao final de todos os dias (em média 30 min.) É separado o momento de avaliação coletiva no qual os mediadores e secretários vão a frente para perguntar à turma se há alguma reclamação ou levar algo que não conseguiram solucionar. Nesse momento eles anotam no quadro para que possamos ouvir ambas as partes: a parte que reclama e a parte que é acusada.
Nesse caso buscamos investigar se a reclamação é verdadeira, se há testemunhas, se houve pedido de desculpas ou não, se é algo recorrente. Enfim, ainda é na tentativa de solucionar.
Caso seja algo que não consigamos resolver na base no diálogo e a bolinha da criança ainda esteja azul abrimos uma votação para decidir qual cor de bolinha será dada e se daremos ou não a oportunidade de serem feitas boas ações.
É muito importante a professora saber quando intervir ou não nessas decisões. Criar a autonomia nas crianças também tem a ver com deixá-los controlarem parte das situações.