Venho aplicando o método no terceiro ano letivo na Escola Municipal Álvaro Moreira, que vem proporcionando a 27 alunos uma experiência significativa no violão, por estar relacionado com o universo infantil das parlendas, músicas folclóricas e atividades lúdicas.
O método está entrelaçado com quatro princípios da neurociência que parecem estar facilitando o aprendizado do violão na sala de aula:
No violão é possível serem tocados sons simultaneamente, porém, não parece ser ideal para as crianças. Segundo Cosenza, o cérebro processa melhor uma informação de cada vez, pois foca com mais atenção na ação.
Aplicando este princípio do foco na iniciação do violão, o aluno só precisa tocar um som após o outro, facilitando a coordenação e a produção do som.
Os outros dois princípios da neurociência estão relacionados a uma notação mais simples que a convencional, a tablatura. Ela mostra exatamente onde o aluno precisa tocar, com o desenho de dois sinais. Estes dois sinais, que são a linha reta horizontal e o número arábico, além de serem reconhecidos pelas crianças, são facilmente associados respectivamente às cordas e ao espaço onde se deve apertar a corda no braço do violão. Na notação convencional, é preciso que os sinais sejam decodificados, para depois serem lidos no violão. Com a tablatura a leitura é feita de modo instantâneo como extensão do braço do violão.