Habilidades
Objetivos
METAMORFOSE
Este relato refere-se a uma sequência didática iniciada com a leitura do livro Uma lagarta muito comilona, do ilustrador e autor de livros infantis norte-americano Eric Carle.
Após a leitura, iniciamos uma roda de conversa para saber o que as crianças já sabiam sobre lagartas – suas hipóteses, dúvidas e curiosidades.
A partir daí, desenvolvemos diversas atividades privilegiando a interdisciplinaridade e a contextualização, o que comprova que as diversas áreas do conhecimento se complementam e dialogam entre si.
Tivemos atividades com calendário, resolução de situações-problema, produção de listas, escrita espontânea e produção de gráficos. Fizemos também a apresentação, leitura e releitura da obra O vendedor de frutas, da pintora e desenhista brasileira Tarsila do Amaral.
Uma professora da escola trouxe até nossa turma uma lagarta dentro de um vidro cheio de folhas. E nos deu uma orientação muito importante: “Ela só pode comer folhas de maracujazeiro”.
As perguntas foram inevitáveis: “O que é maracujazeiro? Por que ela não pode comer folhas de outra planta?”
Partimos, então, para um trabalho de pesquisa, buscando fundamentos para uma investigação que garantisse que fossem amplas e de várias fontes, como vídeos e textos.
Nossa lagarta recebeu das crianças o nome de "Senhora Espinhosa", numa referência à aparência do bichinho.
Alguns dias depois, chegamos à escola e encontramos o casulo pronto.
Começamos, então, a pesquisar metamorfose, transformação, borboletas, natureza e muito mais. Tudo registrado por textos coletivos, listas e desenhos, até o dia em que Senhora Espinhosa rompeu o casulo e apareceu transformada, linda!
GERMINAÇÃO
Um dia eu trouxe um abacate numa caixa. Usei charadas para que as crianças pudessem descobrir que fruta estava ali dentro. Depois de observarmos a fruta, identificarmos sua cor, formato, textura e sabor, propus que fizéssemos uma vitamina de abacate e que plantássemos o caroço.
Observar a germinação foi algo que levou muito tempo. Registramos essa evolução até o dia em que precisamos encontrar um lar para o nosso pé de abacate.
Combinamos, então, produzir telas para uma exposição chamada Um pé de quê? . Trouxe de casa fotos de árvores frutíferas e convidei as crianças a observar e a contemplar as minúcias, as formas e as nuances das imagens. Organizamos espaço no papel, selecionamos pincéis e registramos ali toda a percepção, observação e imaginação dessa vivência rica e potente.
A inserção das crianças em situações de leitura e escrita precisa acontecer nas múltiplas experiências cotidianas de forma lúdica, prazerosa, significativa e contextualizada.
Para isso, muitas situações foram planejadas para que as crianças escrevessem e lessem, tornando-se assim autoras de suas próprias aprendizagens.
A cultura escrita foi problematizada, pensada e construída com todos os participantes do contexto escolar.