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— Amina, rainha de Zazau (Zaria)
02 Setembro 2021 | Por Fernanda Fernandes
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Amina foi rainha de Zazau (Zaria), no norte da Nigéria (Imagem: Portal Dreamstime)

Amina, ou Aminatu, foi uma das maiores lideranças femininas que surgiram no século XVI no continente africano. Estima-se que ela tenha nascido em 1533.

Foi rainha de Zazau (depois, conhecida como Zaria), uma das cidades-estados hauçás, no norte da Nigéria.

Chegou ao poder por sucessão ao governo do então falecido pai, Bakwa Turunku.

Seu reinado durou cerca de três décadas e foi marcado por grandes avanços econômicos e militares.

Como rainha, removeu obstáculos comerciais impostos ao seu reino e abriu novas rotas de comércio. Também expandiu os territórios sob seu domínio.

Ordenou, ainda, a construção de uma espécie de muralha defensiva em torno de Zaira e de outros campos militares. Essas edificações tornaram-se uma característica comum entre os estados hauçás e ficaram conhecidas como “muros de Amina” (Ganuwar Amina) – embora pesquisas arqueológicas indiquem que as construções não coincidem com o período em que a soberana esteve à frente do governo.

Até hoje, as estruturas e ruínas do palácio de Amina e dos campos de treino militar podem ser vistas na cidade de Zaria.

Amina é retratada em esculturas, pinturas, selos postais, peças teatrais e obras de literatura infantil e juvenil. Até hoje, é sinônimo de força e bravura feminina.

Diz-se que sua trajetória inspirou a criação da princesa guerreira Xena, personagem de uma série televisiva dos anos 1990.

A História da África – conteúdo previsto na Lei N.º 11.645/2008 – é repleta de mulheres que tiveram grande importância e, até hoje, são símbolos de resistência e consideradas heroínas nacionais nas regiões onde viveram.

Diversas histórias são fruto da tradição oral e muitas informações não são unanimidade entre pesquisadores e historiadores. Além disso, há distorções na história contada por colonizadores europeus, especialmente no que se refere a mulheres que tiveram papel de destaque na resistência ao avanço do imperialismo.

Fontes:

Projeto Biografias de mulheres africanas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Site Rainhas Trágicas, do historiador Renato Drummond Tapioca Neto.
Site Ensinar História, de Joelza Ester Domingues.

 
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