ACESSIBILIDADE
Acessibilidade: Aumentar Fonte
Acessibilidade: Tamanho Padrão de Fonte
Acessibilidade: Diminuir Fonte
Youtube
Instagram
Ícone do Tik Tok
Facebook
Whatsapp

— Nzinga, rainha de Ndongo e de Matamba
02 Setembro 2021 | Por Fernanda Fernandes
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Whatsapp
Nzinga Mbande
Nzinga Mbande, ou Rainha Ginga, em litografia colorida à mão (Imagem: National Portrait Gallery, London/ Domínio Público)

Nzinga, também conhecida por Jinga ou Ginga, foi rainha dos reinos de Ndongo e de Matamba, situados na região atual de Angola, no século XVII.

Nascida em 1582, governou essas localidades por um período de aproximadamente 40 anos – depois de seu pai, Mbande a Ngola, e de seu irmão, Ngola Mbande.

Nesse período, liderou a guerra contra o avanço da colonização portuguesa em seus reinos.

Hábil e carismática, Nzinga comandou grupos de guerreiros e se destacou como grande negociadora, diplomata e estrategista, usando táticas de guerra e de espionagem.

Nzinga morreu em 1663 e tornou-se um símbolo de força e de resistência cultural – o que persiste até hoje. 

Ela é considerada uma heroína nacional em Angola.

Na segunda metade do século XX, tornou-se um símbolo anti-imperialista, servindo de inspiração na luta pela independência do país.

Ela dá nome a ruas a escolas do país e seu rosto está estampado na moeda de 20 kwanzas.

No Brasil, o nome de Nzinga (Ginga) é constantemente invocado em rodas de capoeira, em maracatus e em congadas.

Sua imagem foi preservada e transmitida nas irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de diferentes partes do país.

No Rio Grande do Sul, desde o fim do século XIX, rainhas Gingas são anualmente coroadas – ao lado dos reis Congo – nas congadas do Maçambique de Osório, manifestação cultural e religiosa tradicional no estado, durante festa em louvor à Nossa Senhora do Rosário.

No mundo do samba, Clementina de Jesus foi apelidada de Rainha Ginga (Nzinga), por sua importância e grandeza.

A História da África – conteúdo previsto na Lei N.º 11.645/2008 – é repleta de mulheres que tiveram grande importância e, até hoje, são símbolos de resistência e consideradas heroínas nacionais nas regiões onde viveram.

Diversas histórias são fruto da tradição oral e muitas informações não são unanimidade entre pesquisadores e historiadores. Além disso, há distorções na história contada por colonizadores europeus, especialmente no que se refere a mulheres que tiveram papel de destaque na resistência ao avanço do imperialismo.

Fontes:

Projeto Biografias de mulheres africanas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Site Rainhas Trágicas, do historiador Renato Drummond Tapioca Neto.
Site Ensinar História, de Joelza Ester Domingues.

 
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Whatsapp